O prefeito de Aparecida de Goiânia, Vilmar Mariano (União Brasil), optou por vetar o projeto de lei que autorizaria um reajuste de 47,6% nos salários dos vereadores do município. A decisão já foi tomada, segundo apuração, embora o documento oficial do veto ainda esteja sendo preparado pela Governadoria.
Vilmar tem até 15 dias após a aprovação do projeto na Câmara Municipal, ocorrida na última terça-feira (19), para formalizar sua posição e devolver o texto ao Legislativo. Fontes ligadas ao prefeito apontam que ele pretende usar esse período para estruturar uma estratégia que melhor conduza o tema, uma vez que o aumento salarial gerou forte repercussão negativa entre os moradores da cidade.
A decisão de Vilmar é vista por aliados como uma maneira de reforçar sua posição junto à população. O reajuste, amplamente criticado, pode transferir para a Câmara a responsabilidade de mantê-lo ou não. Caso os vereadores decidam derrubar o veto, o ônus político pela sanção recairá sobre eles, na visão daqueles que caminham com Mariano.
A polêmica também se deve à rapidez com que a votação foi realizada. Em levantamento publicado pelo portal Mais Goiás, a sessão completa durou menos de 30 minutos, enquanto a aprovação do texto consumiu apenas 3 minutos e 57 segundos. Dos 25 parlamentares, apenas Gleison Flávio (PL) e Sandro Oliveira (MDB) manifestaram contrariedade ao projeto, sendo os únicos a votar contra.