O Governo de Goiás emitiu um alerta sobre o aumento de casos de Covid-19 no Estado. Um relatório de testes do Lacen apontou um salto de 9% para 15% na taxa de positividade, entre julho e agosto. Nove municípios estão em situação de alerta, com crescimento no número de casos, a exemplo da cidade de Goiás que registrou alta de 212%.
Em Avelinópolis, por exemplo, o aumento foi de 150%, saindo de 20 casos, em uma semana, para 50, na semana seguinte. A cidade de Goiás, que tinha 24 confirmações, saltou para 75 – crescimento de 212%. Os municípios de São João da Paraúna, Santa Rosa, Araçu, Campo Limpo de Goiás, Barro Alto, Heitoraí e Anicuns também estão em alerta.
“Esse cenário mostra a importância de que os municípios nos ajudem com as notificações de casos”, destaca a superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim. “Só conseguimos identificar mudanças no padrão de doenças se há os dados no sistema”, ressalta. A pasta aguarda o sequenciamento genômico realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para entender qual é a subvariante da Covid-19 predominante no Estado. Em julho de 2023, as linhagens mais frequentes, em nível nacional, eram a XBB (60,4%) e FE.1 (36,5%).
A superintendente reforça que os protocolos sanitários permanecem os mesmos, e o principal é a vacinação. Até o momento, já foram aplicadas 714.233 doses do imunizante bivalente no Estado, o que representa uma cobertura vacinal de apenas 12%. “Esse número é muito aquém do que a gente precisa. Então, a gente vem aqui chamar todos os goianos com 18 anos ou mais e que ainda não receberam a vacina bivalente para que procurem um posto de vacinação. Mesmo que tenhamos novas subvariantes, novos aumentos de casos, a gente vai ter uma população mais protegida contra formas graves e óbitos”, explica.
Além da vacinação, outras medidas continuam sendo recomendadas, como higienização das mãos com álcool 70% ou água e sabão, e o uso de máscaras por pessoas com sintomas gripais que tenham diagnóstico positivo da doença, com fatores de risco para complicações por doenças respiratórias (em especial imunossuprimidos, idosos, gestantes e pessoas com múltiplas comorbidades), na ocorrência de surtos de síndrome gripal em determinado local ou instituição e por profissionais de saúde. “Essas são medidas que nós já conhecemos e, nesse momento, com a possibilidade de aumento de casos no Estado, de uma forma geral, a gente retoma essas recomendações, mas enfatizando mais uma vez a importância da vacinação”, ressalta Flúvia Amorim.