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Cremego se posiciona contra descriminalização da maconha

Em nota, o Conselho considera o uso da maconha “uma ameaça grave à saúde pública"


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 31/08/2023 - 16:00

Tema está em julgamento no no STF, com 5 votos favoráveis e 1 contrário

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) se posicionou “radicalmente contra” a descriminalização da maconha na Brasil. O tema está em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) e o placar está com 5 votos favoráveis e um contrário à descriminalização. A votação foi suspensa após pedidos de vista.

No texto divulgado nesta quinta-feira (31), o Conselho considera o uso da maconha “uma ameaça grave à saúde pública” e argumenta que “estudos científicos demonstram que não há dose de consumo segura e que o uso da maconha”.

Confira a nota na íntegra:

Cremego manifesta-se radicalmente contra a liberação do porte e uso da maconha no Brasil

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), cumprindo o seu compromisso primordial de proteger a saúde e bem-estar da população, vem a público manifestar-se radicalmente contra a liberação do porte e uso da maconha no Brasil.

Em julgamento no Supremo Tribunal Federal, em debate no Congresso Nacional e já defendida em moção do Conselho Nacional de Saúde, a liberação do porte de maconha para consumo pessoal é uma ameaça grave à saúde pública.

Estudos científicos demonstram que não há dose de consumo segura e que o uso da maconha está associado a uma série de efeitos adversos à saúde, incluindo prejuízos cognitivos, riscos respiratórios e implicações psiquiátricas significativas.

A literatura médica estabelece uma associação sólida entre o uso de maconha, especialmente em idades jovens, e o aumento no risco de desenvolvimento de esquizofrenia – uma grave doença mental, que afeta o pensamento, a percepção e o comportamento – em indivíduos geneticamente predispostos.

O aumento do quadro depressivo entre os brasileiros, o crescimento alarmante dos índices de suicídio entre a nossa população e as deficiências na assistência à saúde mental no Brasil já são motivos mais do que suficientes para a rejeição de qualquer proposta de legalização da droga no País.

Essa proposta está na contramão do momento que vivemos e que exige a proteção da população, a melhoria dos serviços de saúde e a conscientização dos brasileiros sobre o autocuidado e, não, o aceite da introdução na sociedade de mais uma substância com risco comprovado.

Apelos de pequenos grupos envoltos em interesses escusos não podem justificar a adoção de uma medida que ameaça o futuro do País.

Portanto, diante das evidências acumuladas sobre os riscos da maconha para a saúde mental e física da população, conclamamos as autoridades competentes a considerarem cuidadosamente as implicações desta substância antes da tomada de decisões relacionadas à liberação de seu porte e uso.

Fernando Pacéli Neves de Siqueira – Presidente do Cremego

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