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Lula fala em “jornada de trabalho” equilibrada, destaca inclusão social e legado brasileiro na presidência do G20


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 16/11/2024 - 15:45

Durante a cerimônia de encerramento da Cúpula do G20 Social, realizada neste sábado (16) no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva celebrou a criação de um “terceiro pilar” para o grupo, que agora incorpora a dimensão social aos já existentes pilares político e econômico. Lula destacou que o G20 Social deu voz à sociedade civil global, promovendo interações inéditas entre grupos de engajamento, chanceleres, ministros e presidentes de Bancos Centrais das maiores economias do mundo.

“Pela primeira vez na trajetória do G20, a sociedade civil de várias partes do mundo, em suas mais diversas formas de organização, se reuniu para formular e apresentar suas demandas,” afirmou o presidente. Ele enfatizou que a economia e a política internacional não devem ser monopolizadas por especialistas e burocratas, pois afetam o cotidiano de todos os cidadãos.

Lula chamou a atenção para o papel dos países membros do G20 na promoção de mudanças concretas, citando iniciativas como o fomento ao empreendedorismo feminino, a adoção do Objetivo do Desenvolvimento Sustentável 18 (igualdade racial) e o alinhamento das metas climáticas ao limite de 1,5°C no aquecimento global.

“A presidência brasileira do G20 deixará um legado robusto de realizações, mas ainda há muito por fazer para melhorar a vida das pessoas,” destacou, criticando os efeitos do neoliberalismo na ampliação das desigualdades econômicas e políticas. Ele também mencionou avanços como a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, a tributação de super-ricos e a triplicação do uso de energias renováveis.

Entre os temas levantados, Lula defendeu que o G20 discuta estratégias para reduzir o custo de vida e adotar “jornadas de trabalho mais equilibradas”. O presidente se comprometeu a levar as propostas da sociedade civil aos demais líderes do G20 e garantiu que trabalhará junto com a África do Sul para que o pilar social continue sendo prioridade nos próximos anos.

O ministro das Relações Internacionais da África do Sul, Ronald Lamola, participou da cerimônia e reforçou o compromisso de dar continuidade ao G20 Social durante a presidência rotativa do país, que começa em dezembro. “O Brasil elevou o padrão. Vamos envolver os movimentos sociais e garantir que tenham um papel central nesse novo formato,” afirmou Lamola, destacando a necessidade de mais apoio financeiro global para o combate às mudanças climáticas.

Segundo ele, apenas 3% dos recursos financeiros destinados ao enfrentamento da crise climática chegam ao Sul global. “Juntos, podemos criar um futuro que seja justo, equitativo e sustentável para as gerações que vão herdar o mundo,” concluiu.

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