Por Redação Tribuna do Planalto em 25/02/2025 - 09:45
O deputado Mauro Rubem (PT), em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) e a Federação dos Urbanitários do Centro-Norte (FURCEN), realizará na próxima terça-feira (25) a audiência pública “A Experiência da Privatização da CELG e as PPPs na Saneago”. O evento ocorrerá a partir das 13h, no Auditório Carlos Vieira, na Assembleia Legislativa de Goiás.
Durante a audiência, será lançada a campanha “Privatizou, A Conta Subiu: Diga Não às PPPs!”, que denuncia as Parcerias Público-Privadas (PPPs) como um modelo de privatização disfarçada. O leilão dos serviços de esgotamento sanitário da Companhia de Saneamento de Goiás S/A (Saneago) está previsto para o segundo semestre de 2025.
Impactos da privatização
A Saneago, concessionária de serviços de saneamento básico em Goiás desde 1967, atende 224 dos 246 municípios do Estado. Para Mauro Rubem, a privatização da companhia representa um ataque às empresas públicas. “Sob o pretexto de modernização e eficiência, o governo estadual pretende privatizar nossa Companhia de Saneamento com o único objetivo de obter lucro, reduzindo investimentos, piorando a qualidade do serviço e aumentando as tarifas. A água e o saneamento básico são direitos essenciais, não produtos a serem comercializados”, criticou.
O diretor da STIUEG, João Maria de Oliveira, destacou os impactos negativos que a privatização pode trazer, citando experiências anteriores. “A população goiana já conhece essa história, pois viveu na pele os efeitos desastrosos da privatização da CELG e da concessão dos serviços de esgoto em cidades como Aparecida, Catalão, Rio Verde e Jataí para a BRK Ambiental”, afirmou.
João Maria ressaltou que as consequências dessas privatizações foram contas mais caras, atendimento deficitário e problemas constantes nos serviços prestados. “Se não barrarmos esse ataque, o esgoto de Goiás será entregue a empresas privadas e a conta vai cair no bolso do povo mais uma vez. Por isso, não podemos aceitar calados. É o momento de escancarar os impactos da privatização e mostrar a nossa força”, enfatizou.
