Dez vereadores de pelo menos seis partidos terão reunião com o prefeito Sandro Mabel nesta sexta-feira (28) para apresentar sugestões sobre o destino dos camelôs que atuam nas calçadas de centros comerciais da capital, em especial os vendedores ambulantes da Região da 44. A reunião está marcada para as 16h30.
Segundo o vereador Heyler Leão (PP), idealizador da audiência pública que reuniu cerca de 350 trabalhadores na Câmara Municipal, nos últimos dias o grupo de vereadores fez várias conversas com empresários da região e com os trabalhadores para avançar em tratativas que consideram viáveis.
Os parlamentares também mantiveram contato com o secretário de Eficiência, Fernando Petternela, e com Flávio Rassi, que atua como colaborador eventual da Prefeitura de Goiânia sem ocupar cargo na administração. O resultado destas conversas e levantamentos foi compilado um relatório detalhado que será apresentado ao prefeito.
Uma parte de trabalhadores da região insiste em manter ao menos dois dias da semana para que atuem nas ruas em horários determinados pelo poder público. Segundo foi apurado, uma parte aceita ser alocada para a Feira Hippie e para galerias da região, enquanto outros afirmam que não vão deixar as ruas.
O Paço já identificou um impasse para alocar trabalhadores que vendem comida nas ruas. Segundo apurado, as galerias não têm vagas nas praças de alimentação para receber este pessoal e a alternativa seria convencê-los a ir para a feira.
Empresários ouvidos pela reportagem afirmam que é necessário investimento do poder público para garantir a retirada dos ambulantes com subsídio para pagamento das galerias neste período de transição. Como mostrado pela Tribuna do Planalto, a remoção de camelôs em Goiânia acontece a cada 10 anos e não resolve de maneira definitiva o problema.
Nas últimas declarações do prefeito Sandro Mabel, ele rejeitou custear uma espécie de aluguel social. Como contrapartida, disse que o município negociou com empresários a disponibilização de espaços ociosos a custos escalonados, que partiriam do pagamento da taxa de condomínio e evoluía para a cobrança de um aluguel crescente até chegar aos valores de mercado.
Entre os que deverão participar da reunião estão membros do PP e do PL, além de Tião Peixoto (PSDB), Cabo Senna (PRD), Dr. Gustavo (Agir) e William do Armazém (PRTB).