Skip to content

Ministério da Saúde confirma auditoria nas maternidades municipais de Goiânia

Decisão atende solicitação da vereadora Aava Santiago e ocorre em meio à reestruturação dos serviços prestados pela Maternidade Célia Câmara


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 17/04/2025 - 13:14

Ministério da Saúde confirma auditoria nas maternidades municipais de Goiânia
Maternidade deverá mudar perfil de atendimento com reestruturação da gestão Sandro Mabel (Foto: Divulgação)

O Ministério da Saúde confirmou, nesta quarta-feira (16), que fará auditoria nas três maternidades municipais de Goiânia: o Hospital Municipal e Maternidade Célia Câmara (HMMCC), a Maternidade Nascer Cidadão e o Hospital e Maternidade Dona Íris. A deliberação é do Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (DenaSUS).

A medida atende ofício da vereadora Aava Santiago (PSDB), que pediu investigação quanto ao funcionamento das unidades, sobretudo diante das recentes mudanças anunciadas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Em resposta oficial, assinada pelo diretor Rafael Bruxellas Parra, o DenaSUS informou que a auditoria será incluída no planejamento estratégico do órgão e executada assim que possível, conforme a capacidade operacional da equipe. “Diante das informações contidas no referido ofício e nos documentos anexos, este Departamento deliberou pela realização de auditoria em relação ao caso”, consta no ofício.

O pedido de auditoria tem como pano de fundo o novo plano de trabalho da gestão municipal, que prevê o redirecionamento dos atendimentos de urgência da Maternidade Célia Câmara para as unidades Dona Íris e Nascer Cidadão. Com isso, a unidade passaria a ser de porta fechada.

A mudança ainda não tem data definida para ocorrer, mas já gera debates públicos e mobilização de profissionais de saúde.Em vídeo publicado nas redes sociais, a médica pediatra Larissa Lucena alertou sobre rumores de fechamento da Maternidade Célia Câmara.

A publicação foi rebatida pelo prefeito Sandro Mabel (União Brasil), que afirmou que “não existe nenhum plano de fechamento” da unidade e solicitou que a profissional desmentisse a informação.

Reestruturação

Diante da repercussão, a SMS afirmou em nota à Tribuna do Planalto que a maternidade não será fechada, mas passará por uma reestruturação para aumentar a eficiência do serviço e adequar os investimentos à realidade financeira do município.

Segundo a secretaria, os atendimentos de maior complexidade continuarão sendo realizados via regulação no Célia Câmara, e a unidade passará a ofertar exames de tomografia com contraste, atualmente indisponíveis na rede municipal.

A mudança também tem motivação orçamentária. A pasta informa que os contratos com a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), responsável pela gestão das maternidades, acumularam dívidas em gestões anteriores. A proposta agora é reorganizar os repasses, que cairão de R$ 20,5 milhões para R$ 12,3 milhões mensais, por meio de um contrato emergencial de quatro meses, ainda em fase de tramitação.

A SMS afirma que o objetivo da reestruturação é ampliar a capacidade de atendimento com o mesmo investimento, citando como exemplo o Hospital Estadual da Mulher, que realiza mais procedimentos com menor custo.

Pesquisa