Celebrado em 6 de junho, o Dia Nacional do Teste do Pezinho reforça a importância do exame neonatal obrigatório, feito entre o 3º e 5º dia de vida do bebê. Por meio da coleta de algumas gotas de sangue do calcanhar, o teste é capaz de detectar precocemente doenças raras, genéticas e metabólicas, permitindo o início imediato do tratamento e garantindo melhor qualidade de vida à criança.
“O Teste do Pezinho é crucial para diagnosticar doenças que não apresentam sintomas nos primeiros dias, mas que podem trazer consequências irreversíveis se não tratadas a tempo”, explica Rosenelle Benício, médica geneticista e consultora do Sabin Diagnóstico e Saúde.
Doenças raras
Entre as condições identificáveis estão a fenilcetonúria, que afeta o cérebro, e a fibrose cística, que compromete pulmões e sistema digestivo. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 13 milhões de brasileiros vivem com doenças raras, a maioria descoberta tardiamente. Com o Teste do Pezinho, muitas dessas doenças podem ser detectadas logo após o nascimento do recém-nascido.
Cobertura pública
Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) cobre a triagem de sete doenças. A ampliação para 50 condições, determinada pela Lei 14.154/2021, está em fase de implementação escalonada em todo o país. Na rede privada, dependendo da versão do exame, é possível identificar até mais de 100 doenças genéticas e metabólicas.
Aconselhamento familiar
Além do benefício clínico direto, o exame oferece dados valiosos para o aconselhamento genético das famílias. “Saber quais condições genéticas podem ser transmitidas permite que os pais façam escolhas mais conscientes e se preparem para cuidar da saúde de seus filhos”, destaca Rosenelle.
Cuidados infantis
A triagem neonatal é apenas uma das estratégias de prevenção na infância. Consultas regulares com o pediatra, vacinação e exames complementares, como o Teste da Bochechinha — disponível na rede privada — também são fundamentais para garantir o desenvolvimento saudável do bebê.