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A retomada das cirurgias eletivas


Avatar Por Redação em 18/08/2021 - 00:00

Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) divulgou, no dia 6 de agosto, a volta do agendamento dos procedimentos cirúrgicos eletivos de média e alta complexidade nas unidades de saúde da rede pública, filantrópica e privada de Goiás. Os atendimentos, que não são considerados de urgência ou emergência, estavam suspensos para garantia de leitos para pacientes com Covid-19.

Como explica o secretário de Saúde Ismael Alexandri­no, a retomada desses procedimentos será feita gradativamente, de acordo com a situação vivenciada pela pandemia no estado. “Nós faremos a retomada aos poucos porque tem uma demanda reprimida, de fato, grande, mas temos ainda uma taxa de 83% de ocupação das UTIs Covid”, afirma.

Por enquanto, a medida exclui dessa autorização as unidades que estiveram com estoques críticos de fármacos anestésicos intravenosos e bloqueadores neuromusculares. Segundo o secretário, a retomada deve acontecer nos hospitais que não são exclusivos para atendimento de pacientes com Covid.

“Aquelas unidades como o Crer, o HGG, o Hugol, o Hugo, o Huana e o Hurso começam a produzir essas cirurgias. Estamos com o planejamento para, assim, diminuir mais os casos de Covid. Nós vamos avançar nas cirurgias de catarata e ortopédicas”, diz.

As unidades que retomarem com os atendimentos não poderão restringir o recebimento de pacientes em Unidades de Terapia Inten­siva (UTIs), nem bloquear leitos com a alegação de falta de materiais para internação, diz o documento.

O impacto da paralisação

De acordo com o presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (AHPACEG), Haikal Helou, vários motivos ocasionaram impactos tanto no sistema de saúde quanto aos pacientes. “Teve paciente que não quis operar, operadora que não liberou a cirurgia, diminuição da oferta de leitos, profissionais que ficaram doentes e foram isolados por conta da pandemia”, explica.

Haikal lembra que neste mais de um ano de pandemia, houve diversas paralisações nos procedimentos, o que ocasionou um aumento de gravidade das doenças de vários pacientes e aumento de óbitos. “A cirurgia eletiva não é uma cirurgia imediata, mas pode se tornar. Ainda temos muitos dados para analisar no decorrer do tempo. Mas tivemos óbitos e doenças que avançaram, como os índices de pessoas com de doenças cardiológicas avançadas”.

Quanto ao impacto nas cirurgias, o presidente da associação diz que foi possível ver quedas significativas naquelas cirurgias que mais são realizadas. Como as gerais do aparelho digestivo e cirurgias ortopédicas. Segundo ele, essa queda se dá nos procedimentos que têm mais volume.

Fila de espera

De acordo com o representante da Ahpaceg, um aumento nas filas foi notado principalmente na rede de atendimento pública, em razão a todas as cirurgias porque existiam cotas que limitavam o número de cirurgias. “Na rede privada de saúde suplementar, esse momento não alterou muito. Se tiver uma fila, é muito pequena. Na rede, que faz o entendimento ao SUS, eu sei que está grande. Além disso, estamos falando de um ano de cirurgias suspensas”, completa.

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