Um assessor lotado no gabinete da primeira-dama de Goiânia, Karolyna de Freitas, foi exonerado do cargo para, então, ser nomeado como membro titular da 3ª Junta Administrativa de Recursos de Infrações de Trânsito (JARI), responsável por julgar recursos contra multas aplicadas pela Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM). A alteração consta no Diário Oficial do Município do dia 2 de junho de 2025.
O servidor ocupava o cargo de Assessor Técnico de Trabalho Integrado, vinculado ao Gabinete de Trabalho Integrado, estrutura ocupada voluntariamente por Karolyna de Freitas, esposa do prefeito Sandro Mabel. A posição em que o servidor ocupava tem remuneração mensal de cerca de R$ 5 mil líquido.
Segundo o decreto que instituiu o gabinete, a primeira-dama tem a atribuição de coordenar ações de órgãos e entidades da administração pública municipal, além de supervisionar e avaliar a execução de atividades das unidades vinculadas à sua área de atuação.
Karolyna não faz muitas aparições públicas. Ela costuma acompanhar o prefeito em agendas sociais e já participou de mutirões e eventos sociais. Numa das agendas, para distribuição de alimentos a mulheres carentes, sugeriu que era dia de ir às compras com o cartão de crédito do marido.
Acomodações políticas
A nomeação do assessor ligado à primeira-dama ocorre em meio a uma série de acomodações políticas nestes colegiados, que remuneram com os chamados “jetons” que superam os R$ 5 mil mensais.
Com discurso de austeridade, o prefeito Sandro Mabel tem recorrido a conselhos e juntas remuneradas para acomodar aliados, incluindo ex-secretários da administração anterior, candidatos derrotados e nomes indicados por padrinhos políticos.
Procurada, a Prefeitura de Goiânia respondeu, em nota assinada pela Secretaria Municipal de Engenharia de Trânsito (SET), que os cargos são de livre nomeação.