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Associação de delegados da PF repudia acusações de Marconi Perillo


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 08/02/2025 - 12:13

Marconi Perillo sob a mira da Polícia Federal (Foto: Divulgação)

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) emitiu uma nota oficial nesta sexta-feira (7) repudiando as acusações de ingerência política envolvendo a superintendente da Polícia Federal em Goiás, Marcela Rodrigues, na Operação Panaceia. A investigação teve como alvo o ex-governador de Goiás e presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, na última quinta-feira (6).

A ADPF enfatizou que os delegados possuem total autonomia para conduzir investigações com imparcialidade, conforme estabelecido na Constituição Federal. “Os delegados e delegadas de Polícia Federal que presidem inquéritos policiais atrelados a operações têm autonomia para instruir, com imparcialidade, os procedimentos investigativos”, destacou a entidade.

As acusações de interferência política partiram de Marconi Perillo, que publicou vídeos e uma nota em suas redes sociais alegando que a operação teria sido “encomendada” e se tratava de uma “armação odienta”. O ex-governador também questionou a legitimidade da investigação, argumentando que os fatos apurados ocorreram há mais de sete anos.

A ADPF rebateu as declarações afirmando que “infelizmente, tornou-se lugar-comum alegar que operações policiais, conduzidas pela Polícia Federal com estrita observância da Constituição Federal e da legislação, com ciência do Ministério Público Federal e supervisão do Poder Judiciário, são atos de perseguição política”.

A Operação Panaceia foi deflagrada após decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em 7 de janeiro de 2025, determinando a conclusão das investigações envolvendo Perillo. A medida ocorreu em meio a ataques públicos do ex-governador ao governo de Goiás, nos quais acusou o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) de estar por trás de uma suposta perseguição política.

No Palácio das Esmeraldas, a postura de Perillo foi interpretada como uma estratégia para justificar a operação, uma vez que sua defesa já estava ciente do andamento das investigações.