Bruno Peixoto cobra coragem do União Brasil e sugere vaquinha para quem tem “medo de perder o salário”

Em um discurso inflamado durante o lançamento da pré-candidatura de Ronaldo Caiado à presidência da República, em Salvador, o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Bruno Peixoto, subiu o tom contra a ala governista do União Brasil que tem atuado para conter o projeto político do governador de Goiás.

Sem citar nomes, mas mirando ministros indicados ao governo Lula, Peixoto ironizou o receio de perder cargos e sugeriu uma “vaquinha” para pagar os salários dos que, segundo Bruno, priorizam o governo federal em detrimento do projeto nacional de Caiado.

“Nosso partido não pode se acovardar não. Não é hora de pensar em cargo. É hora de pensar no povo que tá pagando caro, que tá passando fome”, discursou. “Se for por salário, fazemos uma vaquinha pra esses que estão no governo. Mas é hora de coragem pra mudar o Brasil”, disparou ao mencionar a presença de 30 deputados estaduais no evento.

A fala de Bruno ocorre em contexto de racha interno no União Brasil, cuja direção nacional tem enfrentado pressões para definir posição na corrida presidencial. Enquanto parte do partido se mantém no governo Lula, aliados de Caiado defendem o rompimento e o lançamento de candidatura própria.

Ministros indicados pelo partido ao cargo não compareceram à agenda. O ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e o presidente da sigla, Antonio Rueda, também não participaram, além da ausência de outras figuras importantes do partido.

Tido como certo há alguns meses, o cantor sertanejo Gusttavo Lima também reconsiderou sua ida após descartar disputar as eleições de 2026.

Bruno Peixoto também destacou o desempenho de Goiás sob a gestão de Caiado, classificando o estado como “número 1 do Brasil” em segurança, educação e combate à corrupção. “Muitos diziam que era impossível Goiás ser referência nacional. Mas o impossível aconteceu. E agora, com Caiado presidente, o Brasil será o número 1 do mundo”, disse, ovacionado por aliados.

Além dos 30 deputados estaduais presentes, segundo Bruno Peixoto, também estão os senadores Vanderlan Cardoso (PSD-GO) e Sergio Moro (UB-PR), deputados federais e cerca de 250 prefeitos e prefeitas. Segundo o presidente da Associação Goiana dos Municípios (AGM), José Délio, são mais de 100 de Goiás e o restante seria de cidades baianas.