Três coaches, dois americanos e um brasileiro, agora são réus por aliciamento e exploração sexual de menores, além de indução à prostituição. O caso surgiu a partir de um evento realizado em fevereiro do ano passado. Nesse evento, o trio se propôs a “ensinar” homens a conquistar mulheres. A Justiça afirma que eles obtiveram “significativos ganhos financeiros a partir da exploração sexual de mulheres brasileiras”, caracterizando a prática como turismo sexual.
Os acusados são Fabrício Marcelo Silva de Castro Junior, o brasileiro, e os americanos Ziqiang Ke, conhecido como Mike Pickupalpha, e Mark Thomas Firestone, que se apresentava como David Bond. Eles coordenam o grupo Millionaire Social Circle, que oferecia cursos com supostas técnicas para atrair mulheres. A promoção do grupo incluía festas e “experimentos sociais” no Brasil, com pacotes de até US$ 12 mil. Essa situação levanta preocupações sobre a exploração de mulheres em situações vulneráveis.
A festa que resultou nas acusações ocorreu em São Paulo, no bairro do Morumbi. Durante o evento, os coaches promoveram um curso “prático” sobre como “pegar” mulheres. Agora, além de enfrentar o processo judicial, Fabrício teve seu passaporte apreendido para evitar que deixasse o país. O procurador Michel François Drizul Havrenne enfatizou que a exploração acontece em países em desenvolvimento, onde “as mulheres são tratadas como objeto sexual e atraídas pelas facilidades econômicas oferecidas pelos estrangeiros”.