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Destituição antecipada de Marussa mostra foco do MDB em projeto de Daniel

A deputada federal Marussa Boldrin (MDB) soube pelas redes sociais que havia sido destituída do comando do partido em Rio Verde.


Luís Gustavo Rocha Por Luís Gustavo Rocha em 25/01/2024 - 14:35

Deputada Marussa Boldrin soube do arranjo pelas redes sociais

A deputada federal Marussa Boldrin (MDB) soube pelas redes sociais que havia sido destituída do comando do partido em Rio Verde. Em entrevista a uma rádio local, nesta segunda-feira, 22, ela disse que a comissão provisória “estava com a gente até final de março e eu fiquei sabendo pelas redes sociais, não vi… não fui comunicada pelo nosso presidente do partido estadual (Daniel Vilela), mas a gente vai entender tudo isso”.

Três dias antes, também nas redes sociais, Marussa apareceu de mãos dadas com o presidente da Faeg, José Mário Schreiner, em uma publicação que anuncia a ex-vereadora Flávia Resende, ou Dra. Flávia, como pré-candidata a prefeita de Mineiros, concorrendo com o emedebista Aleomar Rezende, atual prefeito do município.

Se Rio Verde e o sudoeste goiano interessam ao projeto de reeleição da parlamentar em 2026, também interessam a Daniel Vilela, que disputará o governo estadual e deve ter, entre os adversários, o senador Wilder Morais, que em Goiás preside o PL do ex-deputado estadual Lissauer Viera, um dos candidatos a prefeito de Rio Verde neste ano. Marussa e Lissaeur têm conversado e, para o pré-candidato, não existe dificuldade em conceber uma aliança entre ambos. Uma fonte ligada a Daniel Vilela, no entanto, questiona o significado do potencial apoio de Marussa ao candidato do partido de Wilder, provável oponente de Daniel em 2026, em um território marcado pelo agro — o segmento em jogo para todos que dependem do voto ou da influência do setor.

Uma fonte próxima a José Mário e, consequentemente, não muito distante da deputada federal, repara que a destituição foi feita mas há vacância, sugerindo que o assunto pode chegar à Executiva Nacional e ao presidente Baleia Rossi, com quem Marussa tem boa relação. Por ora, não foi designado um novo comando para a comissão provisória de Rio Verde. Para um emedebista da região, se Marussa Boldrin acionar o presidente nacional, estará atropelando o projeto eleitoral do presidente estadual, Daniel Vilela. E a destituição antecipada do comando da comissão provisória mostra que, pelo menos para o MDB em Goiás, a reeleição de Marussa não está acima do projeto eleitoral do vice-governador.

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