O risco de paralisação na rede municipal da educação de Goiânia continua no horizonte, mas a greve foi adiada. Em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (8), servidores da Educação decidiram não iniciar o movimento paredista de imediato. A categoria rejeitou a proposta apresentada pela Prefeitura e optou por elaborar uma contraproposta. A decisão final deve ser tomada em nova assembleia, marcada para a próxima quinta-feira, dia 17.
A movimentação é liderada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Goiás (Sintego), que concentra críticas na condução das negociações pelo Paço. A insatisfação gira em torno da recomposição do piso salarial do magistério, da concessão de progressões e do andamento do plano de carreira dos servidores administrativos da Educação, além da ausência de convocação de aprovados em concurso. Por isso, o risco de greve é alto.
A proposta encaminhada pelo prefeito Sandro Mabel (União Brasil) prevê o pagamento escalonado do reajuste dos professores: 3% em junho, mais 3,27% em setembro. Já o retroativo de janeiro a maio seria quitado em parcelas nos últimos três meses do ano.
No caso dos administrativos, o Executivo municipal se comprometeu a pagar a data-base após definição do índice oficial e a reabrir a comissão que discute a reestruturação do plano de carreira. A resposta da categoria foi de frustração. O Sintego defende a aplicação integral do reajuste, com quitação do retroativo de forma imediata. Para o sindicato, a proposta atual posterga direitos já garantidos por lei e não responde à urgência da pauta.