Depois de adiamentos, as Americanas divulgaram, nesta quinta-feira (16), o balanço financeiro de 2022, quase um ano depois da fraude divulgada. A companhia registrou prejuízo de R$ 6,3 bilhões em 2021 e R$ 12,9 bilhões em 2022. A fraude total foi de R$ 25,2 bilhões. Esse valor inclui R$ 20,4 bilhões de verbas de propaganda cooperada, que eram receitas fictícias lançadas como forma de diminuir o custo de mercadorias vendidas e de melhorar artificialmente o resultado operacional. Além disso, a empresa contratava certas operações financeiras, chamadas de risco sacado, para melhorar o seu caixa. Tanto as receitas fictícias de VPC quanto as dívidas de risco sacado eram lançadas nas contas de fornecedores, e acabavam se neutralizando, escondendo essas operações, entre outros.
A empresa tem ainda R$ 82,8 milhões em dívidas trabalhistas e de R$ 180,2 milhões com micro ou pequenas empresas. Essas dívidas serão pagas de forma integral. Ela já pagou R$ 114,5 milhões dessas dívidas, e ainda há um saldo de R$ 148,6 milhões. São mais de 16 mil credores. Ela ainda tem R$ 5,5 bilhões de dívidas com fornecedores e R$ 36,8 bilhões em dívidas financeiras. O total é de R$ 42,5 bilhões.
No comunicado, as Americanas dizem que esperam ainda um Ebitda de mais de R$ 2,2 bilhões em 2025. Além disso, a companhia aposta na diminuição de sua dívida financeira bruta financeira para algo entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão.