Selo garantido
A Emater Goiás lançou o Selo de Produtor Assistido, em parceria com a Ceasa-GO, para identificar alimentos cultivados com acompanhamento técnico. A certificação garante ao consumidor a procedência e a qualidade dos produtos, fortalecendo a confiança na agricultura familiar. Além disso, valoriza o esforço dos pequenos produtores e reforça a importância da assistência técnica no campo goiano.
Reconhecimento familiar
Durante a solenidade, produtores como Ruth, de Ouro Verde, receberam os primeiros selos e celebraram a valorização do trabalho no campo. A certificação reconhece décadas de dedicação de famílias rurais à produção de alimentos. Com o selo, o produto se torna símbolo de qualidade e de uma trajetória marcada por esforço, tradição e compromisso com uma agricultura sustentável e segura.
Agro invisível
O agronegócio está presente em setores que vão muito além da alimentação. Produtos como shampoo, perfume e até volantes de carro têm origem no campo. Segundo a CNA, o PIB do agro pode alcançar R$ 1,43 trilhão em 2025, impulsionado por uma supersafra e pela retomada da agroindústria. O setor fornece matéria-prima natural para áreas como beleza, energia, construção e saúde. O campo movimenta a vida urbana em silêncio.
Frutas tecnológicas
Itens comuns da lavoura, como arroz, banana, café, laranja e cana, são hoje insumos industriais. Fibras de arroz viram utensílios biodegradáveis, o bagaço da laranja combate pragas, e o pseudocaule da banana entra na confecção de tecidos. Já o café e a cana abastecem a indústria cosmética, energética e farmacêutica. O agro se reinventa e avança, revelando novas funções para produtos tradicionais.
Inovação sustentável
Na Agrotins 2025, a Ulbra Palmas apresenta experiências que unem ciência, saúde e práticas sustentáveis no campo. O estande da universidade oferece oficinas e demonstrações sobre hidroponia, biofertilizantes, plantas não convencionais e reaproveitamento de resíduos. A proposta é conectar saberes acadêmicos e tradicionais, promovendo o uso consciente dos recursos naturais e soluções replicáveis para pequenos e médios produtores rurais.
Cuidado animal
O curso de Medicina Veterinária da Ulbra leva à Agrotins oficinas práticas sobre primeiros socorros, manejo, nutrição e genética animal. Com estações temáticas e interação com animais da Fazenda-Escola, os visitantes terão acesso a orientações técnicas e educativas. A iniciativa reforça o papel do médico-veterinário na promoção da saúde animal e segurança alimentar nas propriedades rurais.
Fertilizante inovador
Morrinhos recebeu o lançamento dos nanofertilizantes desenvolvidos pela maior cooperativa da Índia, a IFFCO. A tecnologia chegou a Goiás por meio de parceria entre as cooperativas Central Rede, Complem e Sistema OCB/GO. Representados pela Nanofert, os produtos prometem maior rendimento e menor impacto ambiental. A aplicação já mostrou até 15% de aumento na produtividade. Goiás será polo de distribuição para quatro estados.
Produção recorde
O Valor Bruto da Produção agropecuária em 2025 deve atingir R$ 1,51 trilhão, um crescimento de 11,4% em relação a 2024. A agricultura puxará o resultado, com R$ 996,9 bilhões em faturamento, impulsionada pelo bom desempenho da soja, milho e café. Mesmo com queda nos preços da soja, a produção maior garante alta de quase 10% no VBP. Já o milho deve crescer 31,9% no faturamento, beneficiado pela valorização do grão.
Pecuária aquecida
A pecuária deve movimentar R$ 508,5 bilhões em 2025, alta de 10,3% sobre o ano anterior. Destaques vão para a carne bovina, com crescimento estimado de 16,3% no VBP, mesmo com queda na produção. A produção de ovos também chama atenção, com aumento de 22% no faturamento, impulsionada pela alta dos preços. Leite e frango terão crescimentos mais moderados, mas ainda positivos.
Café crescendo
A produção de café no Brasil deve crescer 2,7% em 2025, totalizando 55,7 milhões de sacas, superando as expectativas mesmo em um ano de bienalidade negativa. O aumento é impulsionado pela recuperação das lavouras de conilon, que devem registrar um aumento de 28,3% na produtividade. Já o café arábica, mais impactado pela bienalidade, deve ter uma queda de 6,6% na produção. A área destinada ao cultivo cresce 0,8%, apesar da redução na área produtiva, indicando um cenário positivo para o setor.
Mercado externo
As exportações de café do Brasil apresentaram uma ligeira queda de 1% no primeiro trimestre de 2025, com 11,7 milhões de sacas embarcadas. No entanto, o valor das exportações aumentou 68,9%, atingindo US$ 4,1 bilhões, devido à alta dos preços internacionais. A redução no volume exportado é resultado da escassez nos estoques internos, influenciada pela produção limitada nos anos anteriores. Apesar disso, os preços continuam elevados, impulsionados pela oferta restrita do grão no mercado mundial.