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Fragmentos no PL; Caminhos para Daniel


Domingos Ketelbey Por Domingos Ketelbey em 22/12/2024 - 00:00

Daniel Vilela (MDB), Vice-Governador de Goiás

O cenário político goiano está em ebulição. O recente encontro entre o vice-governador Daniel Vilela (MDB) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), articulado pelo ex-deputado federal e vereador eleito Major Vitor Hugo, mexeu nas peças do tabuleiro e abriu uma crise no Partido Liberal. Foi uma tentativa de aproximar o PL e o MDB nas eleições ao Palácio das Esmeraldas, em 2026, que, no fim das contas, rendeu atritos internos e um cenário apocalíptico na legenda.

Enquanto Daniel buscava diálogos, Vitor Hugo apostava em uma articulação estratégica: evitar que uma possível candidatura de Wilder Morais, presidente estadual do PL, enfraquecesse a base de direita e favorecesse o retorno de Marconi Perillo (PSDB) ao governo. No entanto, o movimento foi interpretado como traição por lideranças bolsonaristas goianas, especialmente as ligadas ao deputado federal Gustavo Gayer. O resultado? Uma crise interna que ameaça expulsar o vereador mais votado da capital, eleito com mais de 15 mil votos.

A exclusão de Vitor Hugo de homenagens e publicações oficiais do PL escancara o desconforto do partido. Gayer já se manifesta como “insustentável” a permanência do ex-deputado federal na legenda. O vereador, por sua vez, reagiu com indignação, chamando a postura de “imatura” e reafirmando sua intenção de articular para o bem da direita. Nos bastidores, há quem veja suas ações como uma tentativa de se reposicionar no jogo político. Outros acreditam que ele foi além do que deveria, ignorando a linha partidária. Afinal de contas, como dialogar com um partido que está na base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)? 

Daniel, por outro lado, parece se beneficiar da tempestade no PL. O vice-governador mantém uma postura discreta, mas sua aproximação com Bolsonaro – mesmo que inicial – já gera efeitos. Lideranças da centro-direita começam a enxergar nele um nome de consenso para a sucessão estadual em 2026. Enquanto isso, o PL segue dividido, sem um horizonte claro para resolver suas disputas internas.

O episódio reflete uma questão maior: o PL está preparado para construir uma candidatura forte em Goiás ou suas disputas internas pavimentarão o caminho para o fortalecimento de adversários? Com Marconi Perillo apostando no retorno ao Palácio das Esmeraldas, qualquer fragmentação no campo da direita pode ser decisiva. Vale lembrar que o tucano não é nenhum arauto da esquerda. Ao contrário…

No final, o embate revela muito mais do que a simples exclusão de Vitor Hugo de uma publicação oficial. Ele evidencia as dificuldades do PL em administrar suas ambições e construir um projeto político coeso. E, enquanto a poeira não assenta, Daniel Vilela segue reforçando seu protagonismo, um passo de cada vez. Afinal, na política, vencer depende tanto das suas jogadas quanto dos erros dos adversários.

E Daniel?

À coluna, Daniel Vilela defende discussões entre o centro político, mas que não houve debate sobre 2026. “Temos que construir uma unidade de centro-direita no país, acho que é o desejo da população brasileira. A visita ao presidente Bolsonaro foi totalmente desproposital. As eleições ainda estão distantes. Temos quase um ano e meio pela frente e vamos fazer essa discussão lá na frente.”

Equilibrado
Falando sobre Vitor Hugo, Daniel é só elogios: “Eu sempre tive um diálogo muito bom com o Vitor Hugo, como eu disse, sou admirador dele, acho que é uma pessoa muito equilibrada, preparada, com muita capacidade intelectual, com muita capacidade de contribuir com Goiás e com o Brasil”, salientou.

Falta de estratégia

“A direita tem de ter estratégia para tratar de diversos temas. O Gustavo Gayer não está sendo estratégico. Com Gustavo, em 2026, o eleitor pode votar duas vezes ao Senado”, afirmou Vitor Hugo em um vídeo publicado na última sexta-feira (20).

Contexto

Tanto Gayer como Vitor Hugo almejam cadeiras ao Senado em 2026. 

Oposição, presente!

Falando em Gayer… Tanto o deputado federal, como Fred Rodrigues (PL), candidato derrotado à Prefeitura de Goiânia, presenciaram a diplomação dos vereadores, vice e prefeito eleito na capital.

Agradeceu

Em seu discurso, Mabel citou ambos e prometeu que vai incorporar suas propostas na gestão. “Tenha certeza que você [Fred] vai me ajudar com suas ideias. Obrigado pela presença”.

Apoio
Falando em PL, a bancada do partido decidiu pelo apoio à recondução do vereador Romário Policarpo à presidência da Câmara dos Vereadores em Goiânia para o próximo biênio (2025~2027).

PRÓXIMOS CAPÍTULOS: O departamento jurídico do PL já trabalha no documento que dará início formal à expulsão de Vitor Hugo do partido. O ato tem apoio do deputado federal Gustavo Gayer (PL). O parlamentar, uma das principais lideranças bolsonaristas em Goiás, já afirmou que a presença do vereador e ex-deputado federal entre os ares liberais tornou-se “insustentável”.

Unânime

Policarpo será reconduzido com apoio de praticamente todos os vereadores. Do PL ao PT. “Ele foi um presidente que demonstrou ser democrático e respeitou tudo que foi acordado ao longo de suas gestões. Não terá trabalho em renovar seu mandato”, afirma um parlamentar.

Sem cobranças

A coluna apurou que o PL deseja a Comissão de Segurança Pública, que pode ser presidida pelo Coronel Urzeda. “Mas não é uma imposição”, alerta Ozéias Varão, um dos vereadores eleitos pelo partido liberal. O PL também deseja espaços – não o comando – da Comissão de Cultura e Educação.

Em tempo de mais farpas

Varão aproveita para endossar a expulsão de Vitor Hugo do partido. “A única coisa que Vitor Hugo tem a seu favor é essa amizade que ele diz ter com Bolsonaro. Fora isso, não tem nada mais para apresentar”, ironiza.

Silêncio

Apesar das notas de repúdio a Vitor Hugo, o PL ainda mantém silêncio em relação às suspeitas de abuso a um adolescente, cometidas pelo deputado federal Alcides Ribeiro (PL).

Apoio?

Alcides compartilhou foto ao lado do presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto. “Durante o encontro, ele destacou e agradeceu os serviços que venho prestando ao partido, ao povo goiano e à nossa nação, reafirmando seu apoio incondicional à minha trajetória política.”, destacou.

Tensão

Pelo menos cinco processos denunciando fraude na cota de gênero devem atormentar vereadores eleitos em Goiânia. A coluna apurou que o PP, o PRTB, PDT, DC e o Mobiliza são os principais alvos.

Mexe-mexe

Fontes ligadas à Justiça Eleitoral que a coluna teve acesso afirmam que os julgamentos serão “céleres e implacáveis” com partidos que cometeram desvios. Se avançarem, logo no primeiro ano, a Câmara poderá sofrer no mínimo 4 mudanças. 

De olho

PSB, Avante, PRD e PRD são partidos muito interessados nas possíveis “baixas”. Eles podem herdar vagas em caso de cassação nas chapas. 

“Fictícia”

Tem partido que lançou candidata que não votou nem em si própria. Nas investigações, há casos de mulheres que sequer desenvolveram material de campanha, o que é considerado uma possível “candidatura fictícia”. A Justiça Eleitoral vai julgar. E de novo: promete ser implacável.

1 - Reviravoltas

Uma aliança entre MDB e PL e para 2026 era até ontem…

2 - da

…Difícil de se imaginar…

3 - política

… Vitor Hugo iniciou um processo inusitado na política de Goiás