O novo Boletim do InfoGripe da Fiocruz alerta para o aumento dos casos associados aos vírus influenza A e B em diversos estados. Dados de Goiás apontaram 16 óbitos confirmados por influenza no estado, com predominância do vírus influenza B Victória (7 casos), seguido de influenza A H1N1 (4 casos), ambos com proteção da vacina disponível na rede pública de saúde.
Por essa razão, a Campanha de Vacinação contra a Influenza foi antecipada nos municípios goianos. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), a medida para ampliação de faixa etária está acordada com Ministério da Saúde.O subsecretário de Vigilância e Atenção Integral à Saúde da SES, Luciano de Moura, explica que “anteriormente tínhamos grupos específicos, que eram os acima de 60 anos, profissionais de saúde, pessoas privadas de liberdade, grávidas”.
“A expectativa é que a gente amplie essa cobertura que hoje, em Goiás, está em 30%. Embora o estado, em um cenário nacional, ocupe o terceiro lugar. Mas essa cobertura está muito aquém da necessidade e do que a gente espera. Temos basicamente um mês de campanha de vacinação e 30% é uma cobertura muito baixa e isso é refletido no número de casos, que estão aumentando, e no número de óbitos”, pontua Moura.
A superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, destacou que o “monitoramento identificou o cenário de surto um mês antes do esperado e iniciamos um trabalho de mobilização, com ações efetivas para proteger a população”..
Uma das formas mais eficazes de proteger as pessoas contra doenças infecciosas e ajudar a controlar a disseminação de doenças, especialmente em comunidades vulneráveis, é a vacinação. O coordenador do InfoGripe, o pesquisador Marcelo Gomes, ressalta sobre a importância de levar às crianças para tomar as vacinas contra a gripe e contra a Covid-19, para reduzir a chance de elas terem problemas respiratórios por esses outros vírus, que também são perigosos.
Vacinação
Para tentar frear o número de casos no estado, a SES lançou uma campanha ampla de vacinação para a população a partir de seis meses. A baixa procura por vacinação é particularmente preocupante agora, porque a vacinação em massa é vista como um meio essencial para ajudar a controlar um possível surto de Influenza em Goiás.
“Como a gente viu aumentar casos de pessoas mais jovens fora dos grupos prioritários, então entendemos que devemos vacinar o maior número de pessoas possível, mais pessoas vacinadas, mais pessoas protegidas, menor o número de casos graves e óbitos”, ressaltou Amorim.
O subsecretário de Vigilância e Atenção Integral à Saúde da SES, Luciano de Moura, assegura sobre a eficácia da vacina. “Os eventos adversos podem acontecer, mas eles são muito leves e os eventos mais graves são mais raros” disse. Segundo ele, o imunizante é seguro e a SES-GO está trabalhando para combater a desinformação e sanar as preocupações, oferecendo informações precisas sobre os benefícios da vacinação para incentivar as pessoas a se vacinarem.