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Goiás confirma 38 casos em menos de um mês

Todos os casos confirmados estão relacionados a homens com faixa etária de 23 a 43 anos


Dhayane Marques Por Dhayane Marques em 07/08/2022 - 00:55

Foto: Reprodução

Goiás já confirmou 38 casos de varíola dos macacos, segundo o último boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), na quinta-feira, 4. A doença, causada pelo vírus monkeypox, que pertence à mesma família e gênero da varíola humana, já é tratada como uma emergência de saúde global pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 

O primeiro caso do vírus monkeypox em Goiás foi confirmado no dia 9 de julho em dois homens, um de 33 e outro de 34 anos de idade, ambos moradores de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. A doença é vista como um novo “desafio de saúde pública” e, em Goiás, segundo a pasta, já foram realizadas três capacitações para profissionais de saúde, principalmente médicos, enfermeiros e biomédicos.

De acordo com a superintendente de vigilância em saúde do estado, Flúvia Amorim, sete hospitais de referência foram destinados para o tratamento desses pacientes. “Esses hospitais já prepararam suas equipes para o atendimento adequado, lembrando que felizmente a taxa de hospitalização, pelo que a gente tem visto no mundo, tem sido baixa e a taxa de letalidade também é baixa. Mas precisamos estar preparados, caso ocorra algum caso grave, que ele tenha uma conduta adequada”, explica. 

A primeira morte por varíola dos macacos no Brasil foi confirmada no dia 28 de julho pelo Ministério da Saúde. O paciente era um homem de 41 anos com graves problemas de imunidade. De acordo com a Secretaria de Saúde de Minas Gerais, o paciente estava em tratamento oncológico e era imunossuprimido. Ele não resistiu após contrair o vírus monkeypox.

Em Goiás, os casos já confirmados são em Goiânia, com 31 casos; Aparecida de Goiânia, com 4; Inhumas, Itaberaí e Luziânia, respectivamente, com 1 caso confirmado. Na capital, a presença de transmissão comunitária da doença já foi confirmada.

“Não é para gerar pânico, isso só atrapalha. Mas é o momento de as pessoas entenderem quais são os sintomas para elas se identificarem ou não, se é um caso suspeito e para os profissionais de saúde saberem como conduzir cada caso”, aponta a Flúvia.

SINTOMAS FREQUENTES 

Os sintomas mais clássicos associados à varíola dos macacos são febre, dor de cabeça e dores no corpo, dor nas costas, calafrios, cansaço, feridas na pele (erupções cutâneas) e gânglios inchados, que comumente precedem a erupção característica doença. A superintendente chama atenção para o ” diagnóstico diferencial”, para que procure assistência médica e que esse profissional de saúde notifique imediatamente.

Essa lesão pode ser única ou ela pode ser múltipla, parece às vezes uma espinha, ou aquela bolhinha da catapora ou de herpes. em casos de surgimento súbito de lesões como essas, a orientação é que essa pessoa procure a assistência médica e que esse profissional de saúde notifique imediatamente o serviço de vigilância para que possamos fazer o rastreamento de todos os contatos e o monitoramento desses casos”, esclarece Amorim. 

O diagnóstico da doença é 100% laboratorial e é realizado por meio do PCR, “que é uma técnica na qual se identifica o vírus naquelas lesões, naquela secreção. Hoje, no Brasil, existem quatro laboratórios que são referência nesse exame. Goiás ainda não o faz, mas estamos nos preparando para fazer”, acrescenta Flúvia.

Dhayane Marques

Dhayane Marques é jornalista formada pela PUC-GO. Atualmente é Diretora de Programas da TV Pai Eterno e repórter no jornal Tribuna do Planalto e Tribuna de Anápolis, nas editorias de cidades, educação, economia, agro, diversão e arte.

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