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Goiás e UFG oferecem teste genético para câncer de mama hereditário pelo SUS

Pacientes que se enquadram no perfil serão encaminhadas para consultas de aconselhamento


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 26/10/2024 - 12:10

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) está promovendo o encaminhamento de pacientes para testagem genética pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O processo começa com o atendimento na atenção primária, onde mais de 600 profissionais da saúde, entre médicos, enfermeiros e técnicos, foram capacitados para identificar mulheres com perfil adequado para os exames. Entre os critérios, estão aquelas que têm histórico familiar de dois parentes consanguíneos – de primeiro, segundo ou até terceiro grau – que tiveram câncer de mama. Um exemplo é a professora de matemática e servidora pública de Rio Verde, Júlia Beatriz Dani Rinaldi. “Minha mãe e minha tia tiveram câncer de mama. Assim que soube que em Goiás é possível fazer exames para detectar essa herança genética, quis participar. Espero que não dê nada”, compartilha a professora. Por meio do projeto Goiás Todo Rosa, lançado durante a campanha Outubro Rosa de 2023, as mulheres são encaminhadas, por meio da regulação estadual, para consultas com mastologistas e ginecologistas e, em seguida, para a realização de exame de sangue que verifica a presença de mutações genéticas associadas ao câncer de mama. O sequenciamento é realizado no Centro de Genética Humana (Cegh) da Universidade Federal de Goiás (UFG), parceira do projeto. “Firmamos uma parceria com a universidade e temos à disposição a lei que estabelece a realização do painel genético para o câncer de mama hereditário. Goiás é pioneiro na implementação desse exame”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Rasível Santos. Embora Estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Amazonas tenham legislação que prevê o exame, somente Goiás efetivou a Lei 20.707 de 2020 no ano passado e começou a realizar os testes gratuitamente este ano. “Após a avaliação do painel genético e o resultado do exame, a paciente poderá escolher qual tratamento deseja seguir. É uma decisão dela, caso o resultado seja positivo, sobre realizar a cirurgia de retirada da mama ou optar por uma cirurgia reparadora”, explica a geneticista Elisângela Lacerda, responsável pelo sequenciamento genético no Cegh/UFGH. Grave problema O câncer de mama é um grave problema de saúde pública e é o segundo tipo mais mortal entre as mulheres. Entre 5% e 10% dos diagnósticos desse câncer e cerca de 5% dos casos de câncer de ovário estão relacionados a alterações genéticas herdadas da família materna ou paterna. O teste genético pode ajudar a prevenir o desenvolvimento do câncer, proporcionando às mulheres uma vida mais longa e saudável.
O sequenciamento genético é realizado no Centro de Genética Humana da UFG, parceira no Projeto Goiás Todo Rosa. Foto: Secom do Governo de Goiás

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) está promovendo o encaminhamento de pacientes para testagem genética pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O processo começa com o atendimento na atenção primária, onde mais de 600 profissionais da saúde, entre médicos, enfermeiros e técnicos, foram capacitados para identificar mulheres com perfil adequado para os exames. Entre os critérios, estão aquelas que têm histórico familiar de dois parentes consanguíneos – de primeiro, segundo ou até terceiro grau – que tiveram câncer de mama.

Um exemplo é a professora de matemática e servidora pública de Rio Verde, Júlia Beatriz Dani Rinaldi. “Minha mãe e minha tia tiveram câncer de mama. Assim que soube que em Goiás é possível fazer exames para detectar essa herança genética, quis participar. Espero que não dê nada”, compartilha a professora.

Por meio do projeto Goiás Todo Rosa, lançado durante a campanha Outubro Rosa de 2023, as mulheres são encaminhadas, por meio da regulação estadual, para consultas com mastologistas e ginecologistas e, em seguida, para a realização de exame de sangue que verifica a presença de mutações genéticas associadas ao câncer de mama.

O sequenciamento é realizado no Centro de Genética Humana (Cegh) da Universidade Federal de Goiás (UFG), parceira do projeto. “Firmamos uma parceria com a universidade e temos à disposição a lei que estabelece a realização do painel genético para o câncer de mama hereditário. Goiás é pioneiro na implementação desse exame”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Rasível Santos.

Embora Estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Amazonas tenham legislação que prevê o exame, somente Goiás efetivou a Lei 20.707 de 2020 no ano passado e começou a realizar os testes gratuitamente este ano. “Após a avaliação do painel genético e o resultado do exame, a paciente poderá escolher qual tratamento deseja seguir. É uma decisão dela, caso o resultado seja positivo, sobre realizar a cirurgia de retirada da mama ou optar por uma cirurgia reparadora”, explica a geneticista Elisângela Lacerda, responsável pelo sequenciamento genético no Cegh/UFGH.

Grave problema
O câncer de mama é um grave problema de saúde pública e é o segundo tipo mais mortal entre as mulheres. Entre 5% e 10% dos diagnósticos desse câncer e cerca de 5% dos casos de câncer de ovário estão relacionados a alterações genéticas herdadas da família materna ou paterna. O teste genético pode ajudar a prevenir o desenvolvimento do câncer, proporcionando às mulheres uma vida mais longa e saudável.

 

Saiba mais em: https://goias.gov.br/saude/goias-todo-rosa/

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