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Goiás perde uma posição em inovação na última década

Estado caiu do 8º para o 9º lugar no ranking nacional, apesar de avanços recentes


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 17/03/2025 - 07:41

Governo ressalta investimentos na ordem de R$ 690 milhões (Foto: Divulgação)

Entre 2014 e 2024, Goiás caiu da 8ª para a 9ª posição no ranking nacional de inovação, de acordo com o Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento (Ibid), do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). No Centro-Oeste, porém, o estado segue como vice-líder, ficando atrás apenas do Distrito Federal.

Apesar da queda, Goiás apresentou crescimento no índice, subindo de 0,241 para 0,252. A distância para São Paulo, líder em inovação (de 0,877 para 0,891), ainda é grande, mas o estado está entre aqueles que reduziram essa diferença, embora em ritmo mais lento que outros, como Paraná e Santa Catarina, que avançaram significativamente.

O economista-chefe do Inpi, Rodrigo Ventura, em entrevista ao jornal O Popular, atribui o desempenho abaixo do esperado à falta de força de trabalho qualificada e infraestrutura para inovação. Goiás ocupa apenas a 15ª posição em qualificação profissional e a 11ª em infraestrutura no ranking nacional. No entanto, o estado se destaca nos pilares de Instituições, Economia e Infraestrutura, com avanços no ambiente de negócios.

Investimentos e avanços

O governo estadual atribui os avanços recentes a investimentos estratégicos. Entre 2019 e 2024, foram aplicados R$ 689,7 milhões em ciência, tecnologia e inovação, sendo quase R$ 200 milhões somente em 2024. Desse total, R$ 77,3 milhões foram destinados à pesquisa e bolsas de formação.

O Centro de Excelência em Inteligência Artificial (Ceia-UFG) é um dos destaques da inovação no estado. Criado em 2019 com um aporte inicial de R$ 12 milhões, superou a meta de captar R$ 12 milhões em cinco anos e já atraiu mais de R$ 320 milhões. Em 2024, recebeu R$ 70 milhões.

Desafios e perspectivas

Para o professor Rolando Vargas, do Senai, Goiás tem avançado, mas ainda precisa fortalecer a interação entre universidades e setor privado. Ele destaca que estados como São Paulo e Santa Catarina têm ecossistemas de inovação mais maduros, com universidades de referência e startups ativas.

O governo estadual tem investido na criação de centros de excelência tecnológica, como o Ceagre (agricultura de precisão), o Cebio (biotecnologia) e o Cempa (previsão ambiental para o Cerrado). A aposta é que esses esforços, somados ao aumento na formação de profissionais qualificados, ajudem Goiás a subir novamente no ranking de inovação nos próximos anos.

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