Skip to content

Vai ter greve de ônibus em Goiânia? Motoristas cobram reajuste e debate paralização

Sem proposta formal após seis reuniões, categoria ameaça greve caso negociação com empresas de transporte coletivo não avance até 10 de junho


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 07/06/2025 - 10:09

Vai ter greve de ônibus em Goiânia Motoristas cobram reajuste e debate paralização
A categoria reivindica um reajuste salarial entre 8% e 9%, além de melhores condições de trabalho, como redução da carga horária. (Foto: Carlos Nathan Sampaio)

A possibilidade de greve de ônibus em Goiânia e na região metropolitana volta ao centro das discussões após seis rodadas de negociação entre o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Coletivos de Goiânia (Sindcoletivo) e o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo (SET) terminarem sem acordo. Em pauta está o reajuste salarial da categoria, cuja data-base venceu em 1º de março, e que até agora não recebeu nenhuma proposta formal por parte das empresas.

A próxima tentativa de avanço na negociação está agendada para terça-feira, 10 de junho, às 14h, na sede do SET. Segundo o presidente do Sindcoletivo, Carlos Alberto Luiz dos Santos, a lentidão nas tratativas e a ausência de propostas concretas estão gerando frustração e desconfiança entre os motoristas e cobradores. “Recebo ligações diárias de trabalhadores dizendo que é hora de parar. Tentamos evitar, mas o limite está próximo”, afirma.

A categoria reivindica um reajuste salarial entre 8% e 9%, além de melhores condições de trabalho, como redução da carga horária, ajustes nos intervalos para refeições e melhorias nas salas de descanso nos terminais. Atualmente, o salário base de um motorista gira em torno de R$ 3 mil — valor considerado abaixo da média de outras capitais brasileiras, mesmo com Goiânia tendo uma das passagens mais caras do país.

O Sindcoletivo afirma que cinco reuniões foram desmarcadas pelo SET, e que a postura das empresas revela descaso com os trabalhadores. Caso nenhuma proposta seja apresentada no próximo encontro, o sindicato pretende levar a pauta à Superintendência Regional do Trabalho, ao Ministério Público do Trabalho e, se necessário, ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), com pedido de dissídio coletivo.

O clima de insatisfação entre os trabalhadores é agravado pelo fato de que, durante a pandemia, motoristas mantiveram o serviço funcionando mesmo em condições adversas, fato frequentemente lembrado como motivo para reconhecimento profissional. “Fomos linha de frente. Agora, esperamos respeito e dignidade”, conclui Carlos Alberto.

Enquanto isso, o SET, por meio de sua assessoria, limitou-se a informar que as negociações estão em curso e que só comentará após eventual apresentação de uma proposta formal. Até lá, a ameaça de uma nova greve de ônibus permanece no ar, e pode se concretizar caso o impasse persista.

Avatar

O Tribuna do Planalto, um portal comprometido com o jornalismo sério, ágil e confiável. Aqui, você encontra análises profundas, cobertura política de bastidores, atualizações em tempo real sobre saúde, educação, economia, cultura e tudo o que impacta sua vida. Com linguagem acessível e conteúdo verificado, a Tribuna entrega informação de qualidade, sem perder a agilidade que o seu dia exige.

Pesquisa