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Incêndios florestais causam R$ 14,7 bilhões de prejuízo no agro

Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) revela perdas severas em áreas rurais devido a incêndios florestais, destacando a responsabilidade dos produtores


Laiz Queiroz Por Laiz Queiroz em 26/09/2024 - 19:53

Incêndios florestais e seus impactos no setor agropecuário
Foto: Gaema

Os incêndios florestais têm causado impactos severos no setor agropecuário brasileiro, conforme destacado na Nota Técnica nº 18/2024 da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Nos meses de junho a agosto de 2024, as perdas financeiras para o setor chegaram a R$ 14,7 bilhões, afetando 2,8 milhões de hectares de áreas cultivadas, principalmente nas atividades de bovinocultura de corte e cana-de-açúcar.

A legislação brasileira sobre o uso do fogo na vegetação é complexa e distingue entre queimadas controladas e incêndios criminosos. A falta de clareza sobre essas definições tem gerado injustas generalizações sobre os produtores rurais. A nota técnica da CNA aborda a responsabilidade dos produtores na prevenção e combate aos incêndios, ressaltando as penalidades associadas a práticas inadequadas.

Os estados mais afetados incluem São Paulo, com perdas de R$ 2,8 bilhões, seguido por Mato Grosso (R$ 2,3 bilhões), Pará (R$ 2,0 bilhões) e Mato Grosso do Sul (R$ 1,4 bilhões). Os principais prejuízos incluem a perda da matéria orgânica do solo, a destruição de cercas nas pastagens, a queda na produção de cana e a redução da produtividade do gado.

Os dados sobre as áreas impactadas foram obtidos através do Mapbiomas, que monitora as áreas queimadas, em conjunto com levantamentos do Laboratório de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento (Lapig/IESA/UFG) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Além de abordar os prejuízos econômicos, a nota técnica da CNA destaca as iniciativas do setor agropecuário em prol da sustentabilidade e da mitigação das mudanças climáticas. O fortalecimento do debate sobre a origem dos incêndios é essencial para evitar responsabilizações injustas e promover uma compreensão mais clara das causas dos incêndios florestais.

Para mais detalhes, acesse a Nota Técnica CNA.

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