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Inelegibilidade e obstáculos pré-2026


Domingos Ketelbey Por Domingos Ketelbey em 17/12/2024 - 06:00

A decisão da Justiça Eleitoral que pode tornar o governador Ronaldo Caiado (UB) inelegível por oito anos lança uma sombra sobre suas ambições de disputar a Presidência da República em 2026. Embora ele tenha reafirmado durante coletiva no Palácio das Esmeraldas que sua pré-candidatura será lançada em março de 2025, o impacto político da sentença não pode ser ignorado.

A sentença de primeiro grau já está sendo contestada e Caiado mostra-se confiante em sua reversão. No entanto, o tempo e os desdobramentos do recurso podem se tornar obstáculos para a consolidação de sua campanha. A inelegibilidade, mesmo que temporária, é um risco para sua viabilidade política, já que o processo pode influenciar a percepção pública e atrapalhar alianças partidárias.

Caiado tenta minimizar os efeitos da decisão. Ele também recorre a precedentes, como o caso dos ex-presidentes Dilma Rousseff (PT) e Jair Bolsonaro (PL), além de outros líderes que realizaram reuniões em residências oficiais sem sofrerem sanções equivalentes. Contudo, o julgamento em meio ao calendário eleitoral pode comprometer sua estratégia de articulação nacional.

A sentença também pode afetar a narrativa de Caiado como um líder que prima pela moralidade e eficiência na gestão pública – elementos centrais para atrair o eleitorado e consolidar apoio entre partidos e lideranças. Certamente, seus adversários políticos poderão usá-la para questionar sua integridade e explorar as contradições de sua campanha presidencial.

No cenário interno do União Brasil, o episódio pode enfraquecer sua posição na disputa pelo protagonismo da sigla, que busca se firmar como uma força nacional. Basta ver os movimentos que o ex-coach e candidato derrotado à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, tem feito no sentido de se cacifar como uma alternativa a Caiado.

Embora Caiado tenha experiência e uma base consolidada em Goiás, sua entrada no cenário nacional ainda está em construção. A sentença pode oferecer munição para adversários e prejudicar sua capacidade de atrair apoio em estados onde ele ainda é pouco conhecido.

Caso o julgamento se arraste, o foco de sua campanha pode ser desviado para questões judiciais, reduzindo o espaço para apresentar propostas e consolidar sua imagem como alternativa viável em 2026.

Sete nomes

Prefeito eleito em Goiânia, Sandro Mabel (UB) já anunciou sete nomes para seu secretariado: Valdivino de Oliveira (Finanças), Luiz Pellizzer (Saúde), Sabrina Garcêz (Governo), Gabriela Machado Tejota (Casa Civil), Juliano Gomes Bezerra (Controladoria-Geral do Município) e Thiago Moura (Chefe de Gabinete).

Interlocutora
Sabrina Garcêz é vereadora há duas legislaturas. Conseguiu se eleger pela primeira vez em 2016 e a reeleição em 2020, mas não conseguiu renovar a cadeira em 2024. Entretanto, tem a confiança de Mabel para a interlocução política de sua gestão com a Câmara dos Vereadores. Será a primeira mulher na história do Paço a ocupar o cargo.

Técnica e de família

Gabriela Machado Tejota é advogada e atualmente ocupa a diretoria legislativa da Câmara de Goiânia. Ela é especialista em direito público, direito parlamentar, gestão pública, governança, entre outras. Também é casada com o deputado estadual Lincoln Tejota (União Brasil).

Mais mulheres

Mabel tem destacado que deve nomear entre sete e outro mulheres para o primeiro escalão da gestão.

Sob nova direção 

Após assumir o Podemos em Goiás, o deputado federal Glaustin fala em sinergia com o grupo da Família do Carmo para fortalecer a legenda em 2026. Eurípedes do Carmo deixou o comando da legenda para se dedicar à Prefeitura de Bela Vista de Goiás.

Voo alto

A coluna apurou que um dos objetivos da cúpula é estar presente na chapa majoritária em 2026, junto com o governador Ronaldo Caiado (UB).

Cautela

Glaustin, entretanto, adota cautela quanto ao assunto. “Nosso primeiro foco é fortalecer as bases municipalistas mostrando que nossa legenda pode abrigar um maior número de prefeitos. Depois, eleger e ampliar nossa bancada na Alego e na Câmara dos Deputados”, salienta à coluna.

CONFIANÇA: Apesar dos obstáculos, Caiado mantém confiança. Ele já entrou com os recursos cabíveis no momento. Durante a coletiva, afirmou que não mudará seus planos e continuará participando de debates nacionais. O lançamento da pré-candidatura, em março de 2025, será um teste decisivo para medir se a condenação afetará sua capacidade de reunir apoio político e popular.

Operação Peneira

A Operação Peneira, deflagrada pela Polícia Civil de Goiás, colocou o deputado federal Professor Alcides Ribeiro (PL) no centro de uma polêmica. Embora não seja o foco direto da investigação, seu nome aparece atrelado a denúncias envolvendo ameaças e roubo contra um adolescente de 16 anos. O objetivo seria apagar supostas ‘provas’ de seu envolvimento com o menor de idade.
Posicionamento

Alcides Ribeiro divulgou uma nota pública em que rechaça veementemente as acusações, classificando-as como “mentiras deslavadas”. O parlamentar também criticou o que chamou de “circo midiático” promovido pelas autoridades responsáveis.

Reação

Na nota, o deputado destacou que processará judicialmente os envolvidos naquilo que considera uma tentativa de destruir sua reputação. “Sou homossexual, não sou bandido”, afirmou, repudiando o uso de sua orientação sexual como arma política.

Contexto

A investigação aponta que três suspeitos, incluindo um segurança de Alcides, teriam ameaçado e roubado o celular do adolescente para apagar provas de uma relação íntima que envolveria o parlamentar. O segurança foi preso na casa do deputado, em Aparecida de Goiânia. Alcides confirmou a informação a este colunista.

Silêncio

Um dia depois da bomba, as cúpulas nacional e estadual do PL não se movimentaram para manifestar. Bastidores indicam apreensão. “É hora de deixar a poeira baixar e sentir toda a repercussão”, salientou uma fonte próxima à direção do partido em Goiás. “Dificilmente alguém vai se posicionar agora”.

Próximos passos
A coluna apurou que a defesa de Alcides trabalhará para minimizar os impactos da operação da Polícia Civil e tentar anular provas que possam ser usadas contra o parlamentar. Como trata-se de um deputado federal, a PC não poderia estar com o caso, atestam aliados.

Mesa-diretora

Gilsão Meu Povo, vereador eleito com o maior número de votos em Aparecida, caminha para ser aclamado próximo presidente da Câmara dos Vereadores da cidade.

Oposição diminuta

O grupo de Tatá Teixeira, que também tentava se colocar na disputa, não tem o apoio das principais lideranças no município: Leandro Vilela e Gustavo Mendanha se movimentam nos bastidores em torno de Gilsão.

1 - Prestação

A última prestação de contas da gestão do prefeito Rogério Cruz…

2 - de contas

… Deixou vereadores chateados

3 - inconclusa

É que o prefeito saiu antes que os parlamentares pudessem fazer perguntas