Por Redação Tribuna do Planalto em 02/07/2025 - 11:03
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) lavrou nesta terça-feira (1º) o primeiro auto de infração contra a empresa Ouro Verde, responsável pelo lixão de Padre Bernardo. A penalidade, no valor de R$ 37,5 milhões, ocorre após a conclusão da etapa inicial de qualificação do dano ambiental causado pelo desmoronamento de uma pilha de lixo ocorrido no dia 18 de junho.
O corpo técnico da Semad trabalha agora na documentação necessária para contratar mais máquinas para o local, somando-se às já disponibilizadas pela prefeitura. Os equipamentos serão usados na remoção dos 42 mil metros cúbicos de lixo que desabaram e na abertura de acessos.
Ações emergenciais
A Semad segue monitorando a qualidade da água do córrego Santa Bárbara e do rio do Sal, fontes hídricas utilizadas por agricultores da região. O uso da água foi suspenso até que a contaminação cesse. Enquanto isso, a prefeitura realiza o abastecimento das famílias com caminhões-pipa e galões de 20 litros.
As primeiras amostras de água foram coletadas no domingo e na segunda-feira, e trazidas para análise em Goiânia nesta terça. Uma nova coleta está prevista para quinta-feira.
Transposição do córrego
Também nesta terça-feira (1º), teve início a transposição do córrego Santa Bárbara. A operação é realizada com motobomba que succiona a água antes do ponto do desmoronamento e a devolve após a área atingida. A motobomba, cedida pela Ouro Verde, foi instalada com apoio técnico do ICMBio, Semad e prefeitura de Padre Bernardo.
Servidores e tratores contratados pela prefeitura trabalham simultaneamente na abertura de um acesso ao local do desmoronamento e na construção de uma barreira para conter novo carreamento de lixo ou chorume. Toda a água succionada está sendo devolvida ao córrego após essa barragem.
Uma segunda motobomba, com capacidade três vezes maior, está a caminho de Padre Bernardo, cedida por uma empresa de Goianésia. A intenção é, futuramente, desviar o curso do córrego para fora da área contaminada. Cerca de 25 pessoas atuam na operação, entre servidores públicos e operadores contratados. Nenhum técnico habilitado da empresa Ouro Verde está presente no local.
