Em busca de reduzir as resistências do segmento evangélico ao Governo Federal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estuda incluir um representante evangélico em uma reforma ministerial prevista para fevereiro. Entre os cotados, de acordo com a GloboNews, destaca-se a vereadora Aava Santiago (PSDB), de Goiânia, frequentadora da Igreja Assembleia de Deus, ela é conhecida por seu bom relacionamento com o setor evangélico e com o governo. Jovem e com perfil considerado agregador, Aava é vista como uma escolha potencialmente inovadora e estratégica por Lula.
Outros nomes em análise incluem lideranças experientes que já têm trânsito junto ao Palácio do Planalto. Benedita da Silva, deputada federal pelo PT e ex-ministra do governo Lula entre 2003 e 2004, aparece entre as preferências. Além dela, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), conhecida por sua influência e articulação no Senado, e o Advogado-Geral da União, Jorge Messias, também estão no radar. Messias já representou o presidente na Marcha para Jesus, um gesto que visou estreitar laços com o público evangélico.
No radar de Lula também estão figuras de perfil mais conservador e que, em alguns casos, já foram críticos do governo, mas hoje exercem um papel de interlocução. Silas Câmara (Republicanos-AM), coordenador da bancada evangélica, é um dos nomes que tem mantido diálogo próximo com o Planalto, apesar de críticas pontuais. Otoni de Paula (MDB-RJ), que já foi aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mas que tem dado sinais de aproximação ao governo Lula, indicando abertura para compor com a gestão federal.
A aproximação do governo com lideranças evangélicas é acompanhada de cobranças da bancada religiosa, que defende, entre outras pautas, o apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplia a imunidade tributária para igrejas. A medida, que favorece um dos principais pleitos da comunidade evangélica, é vista como essencial para fortalecer a relação do Governo Federal com o segmento, que tem grande peso eleitoral e social no país.