Por Redação Tribuna do Planalto em 25/11/2024 - 07:00
O prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil), se reuniu neste domingo (24) com sua equipe de transição e o secretário de Saúde de Goiás, Rasível Santos, para tratar da grave crise de falta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na capital. A situação, que já resultou em mortes na rede municipal de saúde, foi o centro de discussões para implementar ações emergenciais.
Nas últimas semanas, ao menos três pacientes internados na rede municipal de saúde morreram enquanto aguardavam vagas de UTI. Entre os casos mais recentes está o de Janaina de Jesus, 29 anos, que faleceu na UPA do Jardim Itaipu, e Katiane de Araújo Silva, 36 anos, que morreu no Cais Cândida de Moraes. Ambas não resistiram enquanto aguardavam o atendimento intensivo.
Durante a reunião, Sandro Mabel destacou que já iniciou conversas com o governador Ronaldo Caiado para buscar soluções integradas e prometeu agir com celeridade. “Falamos com vários hospitais para que possamos contratar os leitos que estão faltando. O Governo Estadual vai entrar junto, e segunda-feira às 14h teremos uma reunião para definir os fornecedores e iniciar esse trabalho. Não podemos deixar gente morrer em Goiânia por falta de UTI”, afirmou o prefeito eleito.
De acordo com o painel da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), dos 197 leitos de UTI disponíveis na rede pública, 169 estavam ocupados na manhã deste domingo. A situação é mais crítica em unidades como o Hospital Ruy Azeredo, que registrou 100% de ocupação de seus 35 leitos, e o Hospital Jacob Facuri, onde todos os 30 leitos neonatais estão indisponíveis.
Na reunião, que contou com a presença de Luiz Medeiros, coordenador da equipe de transição, e Aldivine de Oliveira, futuro secretário da Fazenda, foram delineadas estratégias para minimizar os impactos da crise. O secretário Rasível Santos garantiu que o governo estadual está monitorando de perto os casos mais graves e trabalhando em conjunto com o município para a retomada de leitos.
“Não podemos deixar Goiânia colapsar ainda mais na saúde. Estamos trabalhando para resolver o problema das pessoas e acompanhar pari passu as necessidades da população”, afirmou Rasível.
