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Meia Ponte acende alerta hídrico em Goiás

Principal rio que abastece Goiânia entra em nível de atenção após 25 dias sem chuva; governo acompanha cenário com preocupação


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 28/05/2025 - 15:08

Meia Ponte
Rio Meia Ponte em nível de atenção: estiagem prolongada reduz vazão e acende alerta sobre abastecimento em Goiânia (Foto: reprodução Governo de Goiás).

O Rio Meia Ponte, responsável pelo abastecimento de mais de 1,5 milhão de pessoas na Região Metropolitana de Goiânia, entrou em nível de atenção devido à queda na vazão provocada pela estiagem. O dado, divulgado pelo Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), mostra que no dia 20 de maio a vazão caiu para 11.155 litros por segundo — abaixo do limite de segurança, que é de 12 mil litros por segundo.

Estiagem prolongada

O cenário é consequência de 25 dias consecutivos sem chuva em Goiás. De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), o nível de atenção é o primeiro estágio de alerta em uma escala de seis. Caso o volume de chuvas não se normalize, o rio poderá alcançar níveis de alerta mais severos, como já ocorreu em setembro de 2024, quando chegou ao nível crítico 3.

Histórico recente

Na estiagem do ano passado, o Meia Ponte teve sua vazão reduzida a menos de 3 mil litros por segundo após 135 dias de seca. O governo estadual, na época, precisou restringir em até 50% a captação de água para usos industriais e agropecuários. A Semad mobilizou equipes para fiscalizar captações irregulares e garantir o abastecimento humano, além de acionar proprietários de barragens para liberar água de forma controlada.

Impacto estadual

O alerta no Meia Ponte reflete um quadro mais amplo: cerca de 96% do território goiano enfrenta algum grau de seca em 2025, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA). A falta de chuvas afeta diretamente a agricultura, com lavouras de soja e milho sob risco de perdas, e reforça a necessidade de planejamento e investimento em infraestrutura hídrica.

Monitoramento contínuo

Apesar do agravamento, a Semad e a Saneago informam que ainda não há necessidade de adotar restrições severas como as aplicadas no ano anterior. No entanto, ambas as instituições seguem monitorando a situação diariamente e não descartam novas medidas caso a estiagem persista.

Previsão preocupante

Com o período seco apenas no início — geralmente se estende até setembro —, especialistas alertam para a possibilidade de agravamento do quadro. O Rio Meia Ponte, neste momento, funciona como termômetro dos impactos da seca em Goiás, exigindo atenção redobrada das autoridades e da população.

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