Quem acha que as casas de apostas já faziam jogo de tudo, está enganado, ainda faltava envolver religião. Enquanto os cardeais se preparam para o conclave marcado para 7 de maio, casas de apostas de todo o mundo movimentam um mercado milionário de palpites sobre quem será o novo papa, próximo líder da Igreja Católica. A plataforma Polymarket já registrou mais de US$ 11,5 milhões em apostas, com quatro cardeais emergindo como principais favoritos na disputa pelo trono de São Pedro.
O cardeal italiano Pietro Parolin, atual Secretário de Estado do Vaticano, lidera as apostas com 23% de chance. Com quase 40 anos de experiência na diplomacia vaticana, Parolin é visto como um nome de continuidade que manteria as reformas iniciadas por Francisco. No entanto, críticos apontam sua falta de experiência pastoral e seu perfil excessivamente burocrático como possíveis obstáculos à sua eleição.
Logo atrás aparece o cardeal filipino Luis Antonio Tagle, com 22% de probabilidade. Conhecido como “o Francisco asiático” por seu trabalho com os pobres, Tagle poderia se tornar o primeiro papa da Ásia. Seu estilo simples e compromisso com a justiça social o tornam um forte candidato, embora questões administrativas durante sua passagem pela Caritas Internacional possam pesar contra ele.
Completando o grupo de favoritos estão Peter Turkson, cardeal de Gana com 17% de chance, e Matteo Zuppi, arcebispo de Bolonha com 12%. Turkson traz a experiência de seu trabalho em justiça social e diálogo inter-religioso, enquanto Zuppi se destaca por seu progressismo e mediação de conflitos.
O processo de escolha do novo papa segue o tradicional conclave, onde 120 cardeais eleitores (com menos de 80 anos) se reunirão na Capela Sistina para votação secreta. Serão necessários pelo menos 80 votos (dois terços do colégio) para a eleição de um novo pontífice. A fumaça branca saindo da chaminé da capela marcará o momento em que o mundo conhecerá o sucessor de Francisco.
Enquanto isso, as casas de apostas continuam ajustando suas probabilidades de quem será o novo papa diariamente. Embora Parolin mantenha a liderança, analistas destacam que o conclave é conhecido por suas surpresas históricas. A escolha final não apenas definirá o rumo para 1,3 bilhão de católicos em todo o mundo, mas também refletirá os desafios que a Igreja priorizará nos próximos anos – desde questões sociais até o diálogo inter-religioso e a governança interna do Vaticano.