Segundo o presidente da Câmara Municipal de Goiânia, o acordo para que o grupo Bruno Peixoto indique o vice foi fechado primeiro com Ronaldo Caiado e depois comunicado a Sandro Mabel. Policarpo afirma ainda que essa decisão passa muito mais pelo governador do que por qualquer outra liderança que deseja fazer a imposição deste vice, em uma sutil referência ao MDB, que considera que a vaga deveria ser do partido.
TRIBUNA DO PLANALTO – O senhor está na disputa disputa pela vice na chapa de Sandro Mabel (UB)?
ROMÁRIO POLICARPO – Não. Eu estou participando de um projeto que deseja vencer as eleições. Fico agradecido por ser lembrado sempre para essa vaga, até porque hoje o desejo é de um perfil técnico e ser lembrado é porque entendem que eu tenho essas características, um perfil técnico de administrador. Mas neste momento é prematura a discussão sobre quem será o vice, não só do Sandro, mas de qualquer outro candidato. E entendo também que essa decisão passa muito mais pelo governador (Ronaldo Caiado) do que por qualquer outra liderança que deseja fazer a imposição deste vice, porque o que desejamos é que essa consulta seja ampla, mas a decisão final cabe ao governador.
Por que cabe ao governador definir sobre a eleição em Goiânia?
Porque ele é o líder político desse grupo, é um governador que tem mais de 80% de aprovação em Goiânia e as pesquisas indicam que ele tem o poder de transferência de voto acima de 60%. Não só os números o consolidam como essa liderança também na capital, como de fato ele é o líder político do grupo do qual nós fazemos parte. Eu entendo que ele está sendo o piloto dessa disputa eleitoral e acredito no projeto liderado por ele.
Mas há uma negociação entre o grupo do senhor e o pré-candidato Sandro Mabel para a definição do vice. Se o governador resolver que esse acordo não tem validade, a negociação com Mabel é descartada?
Nós fizemos um acordo primeiro com o governador Ronaldo Caiado e o governador, posterior a isso, conversou com o Sandro, que também reafirmou esse compromisso. Mas volto a dizer novamente,nós não desejamos nem impomos nenhuma posição; desejamos participar do processo eleitoral de forma efetiva. E me parece, inclusive, que é como se o Sandro já tivesse ganhado a eleição e a vice já fosse consolidada, mas ainda existe uma disputa eleitoral. O que esse grupo deseja é discutir o processo eleitoral e participar dele. No momento, o governador entende que cabe a esse grupo a indicação da vice, mas nós entendemos que o cenário pode mudar nos próximos três meses e pode haver novas composições. Vamos aguardar o desenrolar, até dos números das pesquisas eleitorais para entender aonde vamos chegar.
Para o grupo, a indicação do vice não é prioridade?
Não, o prioritário é ganhar as eleições. A escolha do vice é importante também, mas não neste momento. Primeiro precisamos ter uma candidatura consolidada e viável, que é o que se busca construir. Não se pode construir uma eleição em torno de um espaço, tornando essa eleição inviável. Nós entendemos que essa vaga tem que estar em aberto e ela estará em aberto até o último momento para que a melhor escolha seja feita.
Como vê a posição do MDB, que cobra a indicação da vice?
Eu não falo sobre outros partidos; falo sobre o grupo do qual faço parte. Eu respeito o MDB, respeito a posição e eles têm o direito de tocar o partido da melhor forma que entenderem. Cabe mais a eles justificarem o porquê disso do que aos outros justificarem o porquê de não.
Todos os partidos não fazem parte do mesmo grupo do governador Ronaldo Caiado?
Eu faço parte do grupo do Bruno Peixoto (UB) que está dentro do grupo do Caiado. O MDB é outro partido dentro desse bloco que compõem os apoios ao governador Ronaldo Caiado, e tem vários partidos que pensam diferente. Nós não somos obrigados a pensar igual a todos os partidos que estão na base do governador. É por isso que a política é tão plural, tem diversos segmentos que pensam diferente, mas que se alinham a uma ideia maior hoje, que a ideia do governador.
Na sua opinião, qual deve ser o critério para definição do vice?
Acho que precisa ser alguém com conhecimento técnico e administrativo da cidade de Goiânia. A figura do vice não pode mais ser meramente decorativa, apenas para fotografia. O vice tem sido uma figura importante no decorrer do tempo, como, por exemplo, Daniel Vilela, vice-governador do Estado, que fez da sua posição de vice algo de destaque, cuidando de muitas áreas do governo, a exemplo do Serra Dourada. Eu entendo que o vice-prefeito tem que ter um perfil administrador, porque em algum momento ele pode precisar administrar a cidade.
Seria por meio de uma pesquisa, como Mabel defende?
Acredito que que pesquisas também devem ser levadas em consideração para essa escolha. Temos que entender o que a cidade espera também do vice-prefeito. Em eleições passadas talvez Goiânia nem procurasse saber quem era o vice de seus candidatos, mas neste momento isso muda um pouco e a cidade quer saber também quem está por trás do prefeito que eles estão votando.
O senhor está disposto a trocar a reeleição pela vaga de vice?
A minha posição neste momento é disputar a eleição para vereador e dependeria de uma conversa com o governador para entender qual é o projeto que ele deseja. Mas, neste momento, não. A minha cabeça está totalmente voltada à disputa como candidato a vereador. Acho que eu posso contribuir muito mais para essa chapa disputando a eleição para vereador do que sendo vice.
Mas aceitaria ser candidato a vice?
Numa composição na qual o governador mostre que seja viável e que isso ajudaria no processo eleitoral para ganhar a eleição. Eu entendo que, neste momento, eu ajudo muito mais a ganhar a eleição sendo candidato a vereador. Mas a política pode mudar daqui a três meses.
Como está sua relação com o prefeito neste momento e a relação do Legislativo com o Executivo?
A minha relação com o prefeito é boa, é uma relação amistosa, de amizade e de respeito, e ela melhorou a partir do momento em que o prefeito tira intermediários das conversas que nós temos entre poderes. Era uma dificuldade que eu tinha de entender o que a prefeitura pensava e como iria agir, porque cada secretário pensava de uma forma. Quando Jovair (Arantes, secretário de Governo) chega na prefeitura, ele centraliza as decisões políticas no próprio prefeito Rogério Cruz. Óbvio que a Secretária de Governo tem papel importante também, mas se começa a discutir de fato a cidade apenas com o prefeito Rogério, começa a entender que aqueles atritos que ocorriam anteriormente eram muito mais provocados por ideias de auxiliares do que do próprio prefeito. Minha relação com ele é boa, é respeitosa; ele também respeita muito a Câmara Municipal e, neste momento, se tornou melhor porque a tratativa tem sido direta com ele.
Os auxiliares a que se refere são os de Brasília?
O pessoal de Brasília já saiu daqui há muito tempo e, mesmo depois de eles saírem daqui, tivemos muitos atritos. Vou te dar minha opinião: se a minha equipe erra, quem errou fui eu. Naquele momento, eu acho que o Rogério errou por muito tempo, porque ele deixava a equipe dele tomar os rumos. Quando ele traz para ele essas decisões, aconselhado pelo secretário de Governo, Jovair Arantes, ele passa a acertar, porque as decisões são deles. Não posso dizer que foram os auxiliares de Brasília, porque posterior a isso muitas divergências foram criadas por auxiliares. Não dá para creditar apenas a uma parcela que já fez parte do governo.
Jovair Arantes, quando assumiu, criticou a relação entre Executivo e Legislativo, dizendo que havia vários prefeitinhos, se referindo a secretários e vereadores; declaração que Jorcelino Braga corroborou. Como vê essas críticas?
Na verdade, essa declaração é um pouco deturpada. Jovair se referiu a secretários da prefeitura, que administravam as suas pastas como se fossem uma prefeitura à parte. Ele se referiu muito mais aos auxiliares da prefeitura do que de fato à Câmara. Prova disso está na maneira que o Paço agiu; continuou agindo da mesma forma com a Câmara e mudou a forma de agir com seus secretários, centralizando as decisões no prefeito e na Secretaria de Governo. Da declaração de Jorcelino eu posso dizer porque participei da construção dela, porque nós também entendíamos que a prefeitura não conseguia chegar a lugar nenhum naquele momento, porque cada um tomava uma decisão na sua secretaria, como se ela fosse uma parte, um corpo estranho à Prefeitura de Goiânia. A declaração do Jovair fala muito mais dos auxiliares, mas é óbvio que também existia ali, na visão deles, uma certa interferência da Câmara em em pontos que não deveriam ser da Câmara Municipal, mas se dirigiam também a auxiliares da prefeitura naquele momento.
Como vê a decisão do prefeito de fazer uma reforma administrativa para contemplar os vereadores que irão apoiar a reeleição dele?
Eu não sei se é momento para uma reforma administrativa, nesta reta final de governo. Mas a mudança de rumos nos espaços da prefeitura destinados àqueles que vão apoiar a reeleição do prefeito é natural. É natural que aqueles partidos que estão na base do prefeito sejam melhor atendidos nessa reta final. É parte do processo político, não é nenhuma invenção que a prefeitura está querendo fazer neste momento. Eu entendo como natural, é do processo e aqueles que não esperavam por isso é porque talvez não convivam na política. É um processo que acontece praticamente em todas as eleições. É claro que existe uma separação daquilo que ainda se mantém por base e a prefeitura só tem que tomar cuidado com a declaração de alguns auxiliares, que dizem que não precisam mais da Câmara nesta reta final. A Câmara ainda votará matérias importantes da prefeitura, inclusive as próprias contas do prefeito Rogério Cruz já se encontram aqui na Câmara. Isso não é em tom de aviso, mas é só lembrar que, assim como o poder Executivo tem a sua força, o poder Legislativo também tem a sua força e a exerce. Cabe ao poder Executivo medir essas decisões, como também cabe aos vereadores medirem as suas atitudes.
Quais projetos de executivos que ainda vão ser apreciados, considerando essa declaração de que a prefeitura já aprovou todos os projetos importantes do Executivo e que não teria mais necessidade de ter uma base forte na Câmara?
A prefeitura ainda tem aqui o projeto da venda das áreas públicas, a partir do qual estuda colocar quase R$ 300 milhões em caixa; tem o Centraliza, que ainda é analisado na Casa e a prefeitura ainda pode mandar matérias importantes para cá, matérias de última hora. A política é muito dinâmica. Às vezes se acha que não tem nada importante aqui, mas da noite para o dia isso pode mudar. Essa fala não partiu do prefeito Rogério Cruz, quem fez não teve a coragem de dar o nome, falou em off; eu acho que deveria ter coragem de colocar o seu nome e assinar pela sua fala. A prefeitura tem que tomar um pouco de cuidado, porque isso mostra um desprezo por aqueles que ajudaram que esse governo chegasse até o fim. Ir para um processo de eleição com uma figura que despreza aliados que ajudaram no percorrer do caminho, talvez não seja um ingrediente interessante para um processo eleitoral tão disputado como esse.
Jovair Arantes também cobrou dos vereadores da base apoio à reeleição do prefeito. O senhor participa da gestão do prefeito Rogerio Cruz e apoia Sandro Mabel. Como vê essa cobrança?
De mim nunca houve cobrança nem do prefeito Rogério, nem do secretário Jovair. E volto a dizer que entendo isso como perfeitamente natural. Não há nada que me assuste, nada que mude a ordem dos fatores da minha relação com a prefeitura. Acho que é natural. Acho que em algum momento essa conversa vai existir, mas pelo menos comigo, ainda não existiu.
Jorcelino Braga ainda não está participando da eleição em Goiânia. Caso ele venha a apoiar um candidato que não seja Sandro Mabel, o senhor pode rever seu apoio?
Nós fazemos parte de um grupo que todas as decisões são passadas pelo Jorcelino Braga; o maior orientador político que eu tenho é Jorcelino Braga. Essas decisões são tomadas, e ainda que ele não participe ativamente de todas as reuniões, ele é comunicado de todos os passos que são feitos, inclusive, ele é o grande orientador desse grupo que tem o Bruno Peixoto e outros partidos também. Ele participará do processo eleitoral de forma direta ou indireta, porque é uma pessoa que sempre é consultado e foi o vitorioso das últimas eleições aqui na capital. Eu entendo que ele será importante e que em algum momento vai entrar de forma mais efetiva. Obviamente, ele também cuida do partido a nível nacional, e talvez por isso o tempo dele seja um pouco mais reduzido para cuidar dessas ações, mas ele participa ativamente de todas as decisões do grupo, inclusive com orientações.
O comando do PRD de Goiânia deve ser passado ao senhor?
Isso foi ventilado, foi conversado, mas ainda não é nada efetivo. Ele o fará se entender que o tempo dele será diminuído a ponto de não poder cuidar dos candidatos no momento do processo eleitoral. Mas é uma conversa que ainda vamos ter, ainda vai aprofundar, existe essa possibilidade, mas ainda não é nada concreto. Fico agradecido por ele ter dito isso, porque mostra que ele tem confiança em mim para para tocar o partido aqui na capital.
Na sua opinião, o que levou à dissolução do Grupo de Apoio à Prefeitura (GAP)?
O GAP servia como um grupo que orientava a Prefeitura de Goiânia em algumas ações. Não carecia mais reuniões naquele momento, se as orientações que foram passadas não fossem executadas. Jorcelino Braga entendeu que não carecia mais de orientações e a prefeitura entendeu que as orientações dadas à época pelo grupo não eram as que gostaria de seguir. Quando esse grupo entendeu que aquilo que era colocado não era aquilo que a prefeitura desejava,de forma respeitosa, decidiu que não seria mais importante continuar o trabalho.
Na sua opinião, por que Rogério Cruz é mal avaliado?
Rogério é bem avaliado entre os servidores públicos, por exemplo. Se perguntar a minha base eleitoral, que são os servidores públicos, eles gostam do Rogério. Para a cidade, de um modo geral, talvez Rogério não tenha conseguido ainda mostrar de fato que ele é o tomador de decisões. Quando se olha uma pesquisa qualitativa que mostra que a cidade deseja um gestor à frente talvez seja porque Rogério ainda não tenha conseguido demonstrar para a cidade que ele é esse gestor que toma as decisões da cidade. Mas isso é uma avaliação um pouco rasa, porque é difícil falar sem números, sem dados. Eu estou falando mediante as pesquisas que eu já li, mas temos que tomar muito cuidado com essa avaliação, porque Goiânia é muito grande, é muito diversificada, tem muitas ramificações. Em alguns lugares ele pode estar bem, em outros ele pode estar mal. Mas se você pegar num contexto geral, talvez seja essa parte da gestão que ele ainda não conseguiu mostrar para a cidade que ele é o tomador de decisões.
Recentemente o senhor criticou a gestão do lixo. Na sua opinião, qual a causa dessa crise?
Não critiquei, como ainda sou um crítico. Isso não foi um problema criado nesse governo. Talvez essa seja a grande defesa que eu faço, que precisamos de gestão na cidade. Ela estourou nessa gestão, como já havia estourado em outros momentos. Iris Rezende, em 2005, assumiu a cidade com esse problema; Paulo Garcia viveu esse problema; Rogério viveu esse problema e não temos uma solução a médio e longo prazo para essa crise. Estamos vivendo agora um momento paliativo, mas que em algum momento, nos próximos anos, se não salvar a Comurg do processo que ela vive hoje, de praticamente extinção, vamos voltar a ter esse problema novamente na coleta de lixo. Estamos vivendo um problema que vem desde a fundação da empresa, porque não existia uma política de médio e longo prazo para que essa empresa se tornasse sustentável. A empresa sempre foi tratada como uma empresa para acordos políticos. Os últimos gestores que passaram por lá disseram em diversos momentos que se não tivesse uma virada de página e a Comurg parasse de ser utilizada com mecanismo político, chegaria nesse ponto que chegamos agora. O atual gestor e os gestores anteriores têm uma coisa em comum: disseram que a Comurg precisava caminhar para um outro rumo, de empresa e não mais de prestadora de serviço para atendimento político. Esse é um fato que assola todas as empresas públicas do país. Precisamos entender que a Comurg tem que ser tratada de uma forma diferente, com planejamento a médio a longo prazo, porque esse colapso que vivemos hoje, podemos resolver ele momentaneamente e, daqui dois, pode ter outro.
O Legislativo cumpriu o seu papel de fiscalizador em relação à Comurg e também ao Imas, que vive em crise constante da mesma forma?
Cumpriu, porque cabe ao Legislativo apontar os erros, não cabe tomar as decisões. Nós apontamos os erros da Comug na CEI e caberia à prefeitura tomar as medidas cabíveis para que esses erros fossem corrigidos. O Legislativo não tem o poder de interferir diretamente na administração municipal. Na CEI, nós investigamos e passamos ao Tribunal de Contas, ao Ministério Público e à prefeitura aquilo que foi fiscalizado e encontrado pela Câmara Municipal para que seja solucionado. A Câmara tem um papel de fiscalização, mas não tem papel de decisão. Em relação ao Imas, nós apontamos centenas, dezenas de milhares de problemas relacionados ao Imas. O Imas é inviável. É um plano de saúde que é tratado como um plano assistencial. O que entra, o que é descontado dos servidores, é muito menor do que aquilo que é gasto no mês pela prefeitura. A prefeitura também precisa tomar uma decisão; se o Imas é um plano de saúde ou se é um instituto de assistência social. O Imas foi criado no final dos anos 70 e começo dos anos 80, como instituto social dos servidores que a prefeitura custeava. No decorrer dos anos, as leis mudam, inclusive as sobre regimento de planos de saúde, e o Imas ficou no meio do caminho. Ele nem é um plano de saúde, mas também não é um instituto assistencial dos servidores. O dinheiro que é descontado dos servidores é inferior àquilo que é gasto pelos próprios servidores na parte de saúde. Não há desvios no Imas. O problema é que o dinheiro que entra não é o dinheiro que é gasto do mês. É preciso equalizar essas contas, como foi feito no Ipasgo, que se transformou de fato num plano de saúde, com regras e com tabelas que dizem como é versado esse plano. Hoje, há no Imas pessoas com a mesma faixa etária pagando diferentes contribuições. Rm uma regra de três muito simples se entende que isso não vai funcionar. Precisa hoje equalizar o Imas de uma forma que ele se torne sustentável. A cidade não pode tirar o dinheiro de obras para custear esse plano de saúde. Olha que eu sou servidor municipal efetivo. A prefeitura pode ajudar custeando parte desse plano, mas ela não pode ser responsabilizada pela salvação do plano. Todo mundo vai ter que fazer a sua parte, se é que esse plano se tornará viável algum dia.
O atraso da liberação do empréstimo de R$ 710 milhões é responsabilidade da Câmara?
É a mesma coisa que culpar a Câmara Municipal pela crise do lixo. Esse é um outro defeito que aponto da prefeitura, ela nunca tem culpa de nada, é sempre o outro o culpado. Cabe à prefeitura resolver seus problemas, como cabe à Câmara resolver os nossos. Planejamento é tudo numa gestão.
O que a Câmara vai fazer para manter o prazo de pagamento das emendas impositivas aprovado?
Nós entendemos que a lei existe, foi aprovada e não foi derrubada. Existe uma judicialização e a prefeitura tem que cumprir. A Câmara vai fazer o possível para que a prefeitura cumpra uma lei que foi aprovada nesta casa. Nós aprovamos as leis, quem as cumpre é o poder Executivo.