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Onda de calor impulsiona venda de ar-condicionado e ventilador


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 29/09/2023 - 10:00

Patricia Hellmeister, Diretora de Certificação de Produtos na TÜV Rheinland
Patricia Hellmeister, Diretora de Certificação de Produtos na TÜV Rheinland

O aumento das temperaturas e as mudanças climáticas são preocupações globais que afetam diretamente a vida das pessoas em todo o mundo, incluindo o Brasil. A combinação de fatores, como o El Niño e o aquecimento global, está contribuindo para o que António Guterres, secretário-geral da ONU, chama de “ebulição global”, onde as mudanças climáticas estão se tornando mais evidentes e impactantes.

O fenômeno El Niño, por exemplo, que é o aquecimento das águas do Oceano Pacífico na altura do Equador que altera o clima principalmente na América do Sul, já está sendo chamado de Super El Niño, já que em 2023 o aumento da temperatura é o mais alto desde 2015. Ainda em maio, a OMM (Organização Meteorológica Mundial) já havia lançado alerta sobre o risco de recordes de temperatura pelo mundo em 2023.

As altas temperaturas e ondas de calor têm levado muitas pessoas às lojas em busca de ares-condicionados. De janeiro a junho, as vendas, segundo a Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos), tiveram um aumento de 16%, na comparação com o mesmo período do ano passado.

E o aumento nas vendas de ventiladores no mesmo período foi ainda maior. Os modelos de mesa tiveram alta de 34% e os de coluna 18%, e o varejo estima que esse movimento crescente de vendas irá se manter, já que a previsão para a Primavera é de calor acima da média.

Como podemos nos refrescar?

Além de cuidarmos do meio ambiente, o que podemos fazer para amenizar o calor? A solução mais imediata, claro, é a compra de um aparelho de ar-condicionado ou um ventilador. O preço é um ponto importante a ser considerado, é claro. No entanto, é crucial pensar no longo prazo, uma vez que um aumento excessivo na conta de luz pode anular rapidamente qualquer economia inicial.

O primeiro passo ao comprar um ar-condicionado é avaliar o tamanho do ambiente que precisa ser resfriado e, em seguida, dimensionar a capacidade do aparelho. No entanto, a partir desse ponto, surgem dúvidas: qual modelo e fabricante escolher, dado que as lojas e sites oferecem tantas opções? A melhor escolha é procurar por um aparelho certificado e com o selo do Programa Brasileiro de Etiquetagem do INMETRO, que, desde 2022, tornou mais rigorosos os critérios para classificar um equipamento como Classe A – aqueles com menor consumo de energia elétrica, auxiliando o cliente na hora de decidir a compra.

Entre as mudanças, a nova etiqueta calcula o consumo de energia do condicionador de ar ao longo do ano e leva em consideração os hábitos de consumo dos brasileiros durante o ano. Além disso, adota uma métrica sazonal, com cálculos baseados nas temperaturas que ocorrem ao longo do ano e na frequência de utilização do aparelho para cada temperatura.

O órgão, inclusive, libera periodicamente tabelas de consumo/eficiência energética de todos os modelos de ares-condicionados e ventiladores aprovados no Programa Brasileiro de Etiquetagem e autorizados a ostentar a ENCE (Etiqueta Nacional de Conservação de Energia), que é o selo de conformidade que registra o atendimento pelo produto aos requisitos estabelecidos no PBE. A última tabela disponível no site do INMETRO foi atualizada em agosto de 2023.

Vale lembrar que a certificação não foca apenas na eficiência energética do aparelho. Também assegura que o produto foi testado segundo os padrões de segurança, durabilidade e qualidade do ar, comprovando o atendimento e aderência às normas técnicas como a ABNT NBR, que regulamentam a instalação de sistemas residenciais.

Então, antes de olhar a etiqueta do preço, confira o selo!