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Onde Rogério errou


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 09/06/2024 - 08:10

Prefeito de Goiânia, Rogério Cruz. Foto: Divulgação

Após a segunda operação policial seguida na Prefeitura de Goiânia, o prefeito Rogério Cruz diz estar sendo perseguido. Tal declaração certamente busca justificar a ação policial – que por sua vez não é totalmente isenta – construindo argumentos para sua defesa. Esse é mais um capítulo de uma administração que, desde o início, somou desacertos, que hoje se convertem em baixa popularidade e pouca competitividade eleitoral.

Cruz vive desdobramentos do erro original, romper com o MDB, cedendo à cobiça por cargos do Republicanos, a despeito da promessa feita no dia da posse, de que seria “um fiel soldado do prefeito Maguito e assim continuarei a executar o plano de governo que construímos juntos”.

O rompimento com o MDB enfraqueceu o próprio Rogério Cruz, que se tornou refém dos seus correligionários de Brasília, titulares das principais pastas da prefeitura. Temendo perder o controle da administração para o MDB, Cruz entregou a gestão para um grupo  cujo único interesse era se beneficiar da administração pública. Começaram aí os problemas administrativos.

Politicamente, Cruz se tornou refém dos vereadores e não conseguiu colocar limite ao troca-troca imposto por sua própria base de apoio, situação que o experiente MDB seria capaz de controlar. Teve início uma série de problemas políticos, que chegou ao ápice com o Republicanos negando a legenda para que o prefeito concorresse à reeleição. 

O rompimento também teve consequências para o MDB, que ganhou a eleição, mas não a prefeitura da capital. Passou a ser capitaneado por Ronaldo Caiado, que lançou candidatos do UB em Goiânia e em Aparecida, redutos do MDB.

O MDB fortaleceria Rogério Cruz e a Prefeitura de Goiânia fortaleceria o MDB. Rompidos, ambos saíram perdendo.   

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