O Supremo Tribunal Federal (STF) anunciou que realizará uma varredura completa em seus prédios durante a madrugada e a manhã desta quinta-feira (14), com o objetivo de localizar possíveis explosivos. A decisão foi tomada em resposta às explosões ocorridas em frente à sede do tribunal. A Polícia Federal vai fazer uma investigação minusciosa sobre o assunto. A possiblidade de atentado não está descartada.
Como medida de segurança, o expediente dos servidores foi suspenso até o meio-dia, tanto no edifício-sede quanto nos anexos, onde funcionam os gabinetes dos ministros. A assessoria do STF informou que a situação será reavaliada ao longo da manhã de quinta-feira.
As explosões ocorreram por volta das 19h30. Inicialmente, um carro estacionado no anexo 4 da Câmara dos Deputados, próximo ao STF, foi alvo de explosivos. Em seguida, um segundo artefato foi detonado no corpo do autor do ataque, em frente ao prédio do Supremo.
A Polícia Militar informou que manterá o corpo da vítima no local até o final da perícia. Ele foi identificado como Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiu França, ex-candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) em Rio do Sul, no interior de Santa Catarina.
No momento dos incidentes, advogados e autoridades que haviam participado da sessão sobre a letalidade das operações policiais no Rio de Janeiro deixavam o plenário da Corte. O público presente ficou assustado com os estrondos e foi retirado do edifício pelo subsolo, antes que o prédio fosse evacuado e interditado. Os ministros também foram retirados em segurança.
Na Câmara dos Deputados, o presidente Arthur Lira (PP-AL) suspendeu as sessões da Casa até o meio-dia desta quinta-feira, incluindo as sessões plenárias, reuniões de comissões e outros eventos programados. Lira determinou ainda que a Polícia Legislativa investigue as circunstâncias da explosão no veículo estacionado próximo à Câmara.