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Taxa de desemprego fica em 7,6% no trimestre encerrado em janeiro


Dhayane Marques Por Dhayane Marques em 03/03/2024 - 00:10

Foto: Mathilde Missioneiro/Folhapress
Foto: Mathilde Missioneiro/Folhapress

A taxa de desocupação referente ao trimestre finalizado em janeiro de 2024 foi de 7,6%, o que representa o patamar mais baixo para este período desde 2015. Esses dados foram divulgados na quinta-feira, 29, pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação ao trimestre imediatamente anterior, de agosto a setembro, o período teve estabilidade de desocupação (7,6%). No mesmo trimestre de 2023, a taxa era de 8,4%. Para os trimestres encerrados em janeiro, é a menor taxa de desocupação desde 2015 (6,9%). Contra todos os trimestres móveis, é a primeira alta desde fevereiro de 2023. A tendência, porém, segue a sazonalidade do mercado de trabalho. No final do ano, o país costuma gerar vagas temporárias para o período de festas, e parte desse contingente é dispensado no início do ano seguinte.

“Em alguns anos, essa sazonalidade pode ser maior, ou menor. Nesta entrada do ano de 2024, o que a gente percebe é uma estabilidade, justamente porque a população desocupada não teve expansão tão significativa neste trimestre encerrado em janeiro de 2024”, explica a coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy.

Carteira assinada

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado chegou a 38 milhões, um aumento de 0,9% em relação aos trimestres anteriores e de 3,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Isso mostra um fortalecimento do emprego formal no país, o que é um bom sinal para a estabilidade econômica.

Informalidade persiste

Apesar dos avanços, a informalidade ainda é uma realidade para muitos brasileiros. A taxa de informalidade foi de 39% da população ocupada, representando 39,2 milhões de trabalhadores informais. Esse percentual se manteve estável em relação ao mesmo trimestre móvel de 2023, indicando que ainda há desafios a serem superados nessa área.

Estabilidade

O número de trabalhadores por conta própria (25,6 milhões de pessoas) permaneceu estável em ambas as comparações, assim como o número de trabalhadores domésticos (5,9 milhões de pessoas) e o de empregadores (4,2 milhões). No setor público, o número de empregados (12,1 milhões) manteve-se estável no trimestre, mas registrou um crescimento de 2,7% (mais 315 mil pessoas) no último ano.

Rumo à equidade

O mercado de trabalho na indústria automotiva do século 21 ainda é pouco atraente para as mulheres, segundo um estudo da Gi Group. A pesquisa revelou que apenas 50,3% das empresas têm ações para garantir a igualdade de salários e oportunidades para as mulheres. Além disso, apenas 40,8% oferecem trabalho flexível, licença maternidade e ajuda alimentar. A falta de visibilidade das lideranças femininas no setor e os estereótipos desencorajam as mulheres a exercer atividades na indústria automotiva, tradicionalmente dominada por homens.

Mudança necessária

Apesar dos desafios, há sinais de mudança. Ana Britto, diretora da divisão de temporários e efetivos da Gi Group, destaca que há melhorias práticas que afetam as decisões das mulheres, como o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal e a desigualdade na evolução de carreira. Em média, 80% das empresas pesquisadas informaram ter programas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) com foco nas mulheres. As empresas estão reconhecendo o valor da mão de obra feminina e se esforçando para atrair mais colaboradoras, com as companhias brasileiras se destacando em ações para alcançar a igualdade de gênero.

Juros menores

Os aposentados e pensionistas do INSS terão acesso a crédito consignado mais barato a partir dos próximos dias. O CNPS aprovou a redução do limite de juros de 1,76% para 1,72% ao mês para essas operações. O teto para o cartão de crédito consignado também caiu de 2,61% para 2,55% ao mês. As medidas foram propostas pelo governo em função do corte na Taxa Selic, que está em 11,25% ao ano. Os bancos oficiais terão de ajustar suas taxas para o novo teto, que entra em vigor após a publicação da instrução normativa no Diário Oficial da União.

Fim da sobretaxa

O frango brasileiro ficou mais competitivo no mercado chinês depois que a China extinguiu a tarifa antidumping que aplicava desde 2019. A medida, que variava de 17,8% a 34,2%, dependendo da empresa, foi revogada no dia 17 de fevereiro, mas o governo brasileiro só foi notificado no dia 27. A decisão foi resultado de negociações entre os ministérios das Relações Exteriores e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do Brasil e as autoridades chinesas. Em 2023, o Brasil exportou US$ 1,61 bilhão em carnes de aves para a China, com crescimento de 19,7% em relação a 2022.

Comércio e gênero

O Brasil aderiu ao Arranjo Global sobre Comércio e Gênero, que visa a aumentar a participação das mulheres no setor exportador. O país foi o décimo a assinar o compromisso, em evento paralelo à 13ª Conferência Ministerial da OMC, em Abu Dhabi. O documento foi assinado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e pela secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres. Segundo um estudo do Mdic, as mulheres ocupam 32,5% dos empregos nas empresas exportadoras e são proprietárias ou controladoras de apenas 14% delas. O governo brasileiro pretende elaborar políticas públicas e cooperar internacionalmente para promover o empoderamento feminino e a equidade de gênero no comércio exterior.

Rendimento

Em 2023, o rendimento nominal mensal domiciliar per capita em Goiás atingiu a marca de R$ 2.017, elevando o estado para a 8ª posição do ranking nacional. Dados do IBGE mostram que Goiás obteve um incremento de R$ 398, superando a média brasileira.

Crescimento

No comparativo com 2022, Goiás teve o segundo maior crescimento de renda do país, com um aumento absoluto de R$ 398, enquanto a média brasileira foi de R$ 268. Além disso, o estado registrou a terceira maior variação relativa, com um crescimento de 24,6%, enquanto a média do Brasil foi de 16,5%.

Impacto e qualidade de vida

O avanço no ranking e a superação da média brasileira refletem as políticas públicas implementadas pela gestão em Goiás. O crescimento da renda do trabalho contribui para o bem-estar da população goiana, consolidando o estado com uma renda média acima da nacional e o segundo maior crescimento de renda em 2023.

Otimismo crescente

O Centro-Oeste lidera entre as regiões com a percepção de que o Brasil está melhorando, com 52% dos moradores expressando essa visão, um aumento de 14 pontos percentuais desde junho de 2023, de acordo com o Radar Febraban de fevereiro de 2024. Aqueles que acreditam que a situação permaneceu a mesma somaram 17%, uma queda significativa em relação aos 32% registrados em junho do ano passado. A proporção daqueles que veem uma deterioração no ambiente econômico do país neste ano é de 29%, um leve aumento em relação aos 28% registrados oito meses atrás. Mesmo em comparação com a pesquisa anterior, realizada em dezembro de 2023, a melhora na percepção no Centro-Oeste foi significativa: de 41% para 52%. Na média nacional, também houve um aumento nas menções de melhora no país, de 41% em junho de 2023 para 48% em fevereiro deste ano. No entanto, este índice é ligeiramente inferior aos 49% registrados em dezembro.