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UFG desenvolve teste para monkeypox com insumos 100% nacionais


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 17/08/2022 - 10:43

Teste rápido e barato com insumos nacionais. Foto: Divulgação

Há anos a ciência atua como nossa aliada e isso ficou mais evidente, após o mundo enfrentar a pandemia de coronavírus (Covid19). Com insumos 100% nacionais, pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG), desenvolveram um teste para detectar a varíola dos macacos. Com isso, o custo médio para fabricação por unidade é em média de R$ 3. O teste é rápido, feito em aproximadamente 40 minutos, com equipamentos simples de laboratório.  

A monkeypox, doença que foi decretada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como surto e considerada uma emergência de saúde pública. De acordo com a UFG, a base para a testagem é a mesma técnica utilizada anteriormente para criar teste da covid-19 e do zika vírus. O teste Lamp detecta o DNA do vírus, amplificando o material genético de maneira simples, rápida e barata. O exame foi desenvolvido pela Universidade com insumos 100% nacionais e ainda não tem financiamento. 

ESTUDO E DESENVOLVIMENTO  

O teste foi desenvolvido a partir de uma amostra enviada pelo Laboratório de Virologia Clínica e Molecular da Universidade de São Paulo (USP). A professora do Instituto de Química da UFG e coordenadora da pesquisa, Gabriela Duarte, disse que a melhor amostra para o teste é a retirada do líquido da pústula, que são as erupções da pele, mas também é possível encontrar o vírus na urina, sangue e esperma, embora não tão concentrados.  

De acordo com a UFG, o teste foi desenvolvido em três semanas pelo Laboratório de Biomicrofluídica do Instituto de Química (IQ) da instituição de ensino, sob a coordenação da professora Gabriela Duarte, e agora vai para a etapa de validação com um grande número de amostras e comparação com o teste padrão ouro que é o PCR.  

O exame também detecta o vírus logo no início dos sintomas, o que agiliza o diagnóstico. Gabriela Duarte disse que uma das dificuldades atuais da pesquisa, que também ocorreu no caso do teste da covid-19, é conseguir o painel de amostras dos pacientes para a pesquisa. “Só a partir dessas amostras é possível validar o teste. Depois disso dependerá das autoridades de saúde investimento para desenvolvimento e aplicação, para que possa ser utilizado pela população”, afirma.