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Vereadores do PL defendem anistia e convocam para ato em Copacabana

Parlamentares do partido criticam condenações relacionadas aos atos de 8 de janeiro e convocam para ato em Copacabana ao lado de Bolsonaro e aliados


Lucas de Godoi Por Lucas de Godoi em 11/03/2025 - 11:35

Presidente da bancada do PL na Câmara, Coronel Urzêda classificou as penas como desproporcionais (Foto: Divulgação / Câmara Municipal)

Em uma sessão mais curta, em razão de evento de celebração do Dia das Mulheres, vereadores do PL em Goiânia defenderam anistia aos condenados por atos antidemocráticos de 8 de janeiro. A Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Goiânia desta terça-feira (11) pautou apenas um projeto para votação, o que trata da prorrogação do prazo para renegociação de dívidas com a Prefeitura de Goiânia.

Líder da bancada do PL na Câmara, o vereador Coronel Urzêda iniciou o assunto da Tribuna da Casa mencionando as investigações e condenações como vingança, perseguição e justiçamento. “Essas pessoas não tiveram o direito da ampla defesa do contraditório, coisa que até quem é bandido tem nesse país”, comparou. “Eu convido a todos para uma maior manifestação já ocorrida na praia de Copacabana com a presença do presidente Bolsonaro, do deputado Gustavo Gayer, do deputado Nicolas, de tantas outras lideranças”, mencionou sobre a agenda convocada para o próximo domingo.

O vereador William Veloso (PL) criticou as penas aplicadas, que chegam a 17 anos de prisão, e as classificou como desproporcionais. “Foram mais de 60 novos condenados por uma suposta participação em um ‘golpe’ que nunca existiu. Eram famílias, pessoas comuns, vendendo algodão doce, sem armas, sem violência”, disse. “Claro que quem cometeu depredação deve ser punido, mas não com penas tão severas, sem direito ao contraditório e à ampla defesa”, argumentou ao criticar também a aplicação de multas que ultrapassam R$ 35 milhões, o que, segundo ele, representa uma “pena de morte civil”.

Major Vitor Hugo (PL) criticou o que classificou como atropelo ao devido processo legal, apontando penas desproporcionais e restrições severas à liberdade dos condenados e convidou para a manifestação marcada para 16 de março e lembrou do Projeto de Lei nº 2858/2022, de sua autoria durante seu mandato como deputado federal. “Esse é o projeto principal, ao qual outros foram apensados posteriormente, e fico extremamente feliz e orgulhoso por ver essa pauta sendo defendida por todos os líderes da direita no país, incluindo o presidente Jair Bolsonaro”, afirmou.

Embora majoritária, a discussão não ficou apenas entre parlamentares do PL. A pauta foi apoiada pelo vereador Tião Peixoto (PSDB), que subiu o tom ao criticar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e acusou o Congresso Nacional de omissão diante das condenações relacionadas aos atos de 8 de janeiro. Os patriotas estavam lá querendo defender o Brasil e foram tratados como criminosos. Mas o Senado vai mudar, eu tenho certeza! Os traidores do Brasil são os políticos que não querem a anistia!”, declarou.

Agenda nacional

O vereador Fabrício Rosa (PT) também abordou um ponto de repercussão nacional, destacando fala do governador Ronaldo Caiado (UB) publicada no Jornal O Popular hoje. Caiado mencionou que o presidente Lula (PT) está tentando encontrar um culpado para a alta dos preços no Brasil.

Rosa rebateu dizendo que o presidente Lula não está buscando culpados, mas sim discutindo questões de soberania alimentar e o acesso a alimentos básicos como arroz, feijão e macarrão. Ele enfatizou que essa é uma discussão que vai além do governo federal, sendo um desafio coletivo que envolve também os governos estaduais e municipais. “Padecer-se pela dor do outro, padecer-se pela fome das crianças e das famílias da classe trabalhadora é um desafio de todos nós”, afirmou.

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