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Mulheres ainda têm rendimento 25% menor que o dos homens


Avatar Por Redação em 27/07/2020 - 00:00

Ainda há uma grande disparidade entre homens e mulheres no mercado de trabalho, onde os homens continuam nos maiores cargos, recebendo mais, com rendimento médio cerca de 25% maior do que o das mulheres.

Apesar de haver um grande aumento no ingresso das mulheres no mercado de trabalho formal, a especialista em Direito Trabalhista Carla Zannini explica que há a necessidade de uma modernização no sentido de pagar as mulheres de maneira equânime, de acordo com os seus cargos, e também trazer as mulheres para os cargos de chefia.

É o principal desafio: trazer as mulheres em cargos mais altos. Porque o Brasil está em penúltimo entre todos os países da América do Sul, só perdendo para o Chile. Ou seja, é o país que menos oferece oportunidade para as mulheres em cargos mais altos, com os melhores salários.

Ela explica que, de acordo com o levantamento do Fórum Mundial, o rendimento médio do valor da hora trabalhada pelo homem pode chegar a 25% a mais do que o do que é pago à mulher. O valor hora é de R$ 14,20 para o homem e de R$ 13,00 para a mulher, sendo que o nível de escolaridade das mulheres é maior do que o dos homens. Cerca de 22,8% das mulheres têm nível superior frente a 18,4% dos homens.

Portanto, ainda que as mulheres tenham mais qualificação e estejam no mercado de trabalho, ver mulheres na liderança não é tão comum. Estamos em 2020 e as empresas precisam seguir bons exemplos em busca da igualdade salarial. É o caso de um projeto da XP Investimentos, que anunciou que vai subir de 22% para 50% o percentual de mulheres em todas os seus níveis hierárquicos até 2025, com incentivos e preservação dos cargos.

“São ações como essas que importam no ingresso das mulheres nos principais cargos, porque não basta ter mais mulheres no mercado de trabalho, sendo que as posições ocupadas e os salários não evoluem junto com o número de contratação, e existe uma discrepância muito grande entre o salário de um homem e o salário de uma mulher”, conclui Carla Zannini.

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