O crescimento dos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), no Brasil, já corresponde a 47% dos resultados positivos nas últimas quatro semanas, de acordo com o Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado na última sexta-feira, 18.
Doze estados apresentaram uma tendência de crescimento moderado dos casos da doença: Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. Para o pesquisador Marcelo Gomes, a combinação de vacinação e uso de máscaras como ações de proteção tem sido muito eficaz para o controle do vírus.
O coordenador do InfoGripe orienta que a população confira quantas doses já foram recomendadas para o seu perfil, levando em conta a faixa etária e as condições de saúde, para que esse novo ciclo seja enfrentado com o maior nível de proteção possível.
“A vacina é muito importante para diminuir o risco de agravamento, mas o seu papel é um pouco menor na transmissão. Por isso, é fundamental que a gente volte a utilizar boas máscaras em situações específicas, ou seja, em transporte público, locais fechados e situações com muita gente em um espaço relativamente pequeno. É vacina no braço e máscara no rosto”, defende o cientista da Fiocruz.
CASOS EM GOIÁS
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) de Goiás divulgou neste sábado, 19, o Boletim informativo de que há 1.739.466 casos de doenças pelo coronavírus no território goiano. No Estado, há 868.757 casos suspeitos em investigação e 360.802 casos já foram descartados. Todavia, os dados desmobilizados pelo InfoGripe da Fiocruz apontam para crescimento dos casos positivos para Sars-CoV-2 (Covid-19), especialmente na população adulta.
O aumento de testes positivos para Covid em laboratórios particulares e farmácias levou epidemiologistas a alertarem para uma nova onda da doença, que registrou a identificação de uma nova variante do coronavírus, chamada de BQ.1. Essa nova onda voltou a lotar as alas pediátricas de hospitais em alguns países por causa dos vírus respiratórios.
A Universidade Federal de Goiás (UFG) divulgou na última quarta-feira, 16, a Nota Técnica 05/2022 orientando sobre a manutenção de medidas preventivas contra a Covid-19. A nota ressalta que as vacinas disponibilizadas pelo Ministério da Saúde (MS) “são eficazes na prevenção de casos graves da doença, mesmo frente às novas sub variantes da Ômicron. Com a alteração do cenário epidemiológico das últimas semanas, o incentivo à vacinação e a adoção de medidas não farmacológicas são necessárias para a prevenção e controle da doença”.
O documento acatou as recomendações do Grupo de Trabalho em Saúde (GT Saúde) e do Comitê Operativo de Emergência (COE), ambos da UFG. A nota técnica entrou em vigor a partir da data de publicação.
Doses aplicadas
Levantamento realizado pela SES-GO apurou que, referente à primeira dose, foram aplicadas 5.888.873 doses das vacinas contra a Covid-19 em todo o Estado. Em relação à segunda dose e a dose única, foram vacinadas 5.310.845 pessoas, e 2.719.887 pessoas já receberam a dose de reforço. Entre as crianças de 5 a 11 anos, 56,89% já receberam uma dose da vacina. Esses dados são preliminares e coletados junto ao Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), do Ministério da Saúde.
Goiânia iniciou na sexta-feira, 18, a vacinação contra a Covid-19 em bebês com comorbidades a partir de 6 meses, em quatro unidades de saúde. A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia informou que o município recebeu 2.260 unidades da Pfizer Baby, que foram disponibilizadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde.
Aparecida de Goiânia começou a vacinação do mesmo público na quinta-feira, 17. O município recebeu 970 doses de vacinas e a expectativa é que, ao todo, tenha 20, 4 mil crianças com idade de 6 meses a 2 anos 11 meses e 29 dias.
A Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia, orienta que as crianças precisam estar acompanhadas de um responsável legal e apresentar certidão de nascimento ou RG, cartão SUS ou CPF, cartão de vacinação e laudo médico que comprove a comorbidade.