A advogada Amanda Partata Mortoza estava internada em um hospital de Goiânia quando foi presa pela Polícia Civil, ontem. A revelação é do advogado Carlos Márcio Macedo, advogado de Amanda, que falou com exclusividade à TV Brasil Central ontem à noite sobre o caso. A mulher foi presa em cumprimento a mandado de prisão temporária expedido pela Justiça. Ela é acusada de matar o servidor público Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Tereza Alves, de 86, por envenenamento.

Macedo, que é sócio do escritório GMPR Advogados, informou que vai acompanhar a audiência de custódia de Amanda, que será realizada hoje, quando fará alguns questionamentos. A partir da decisão do juiz durante essa audiência, ele diz que definirá os próximos passos da defesa. “A prisão se efetivou dentro do hospital. Ela estava internada em um hospital sob prescrição e indicação médica”, afirmou o advogado.
“Temos alguns questionamentos quanto à efetivação da prisão dentro de uma unidade hospitalar, até sobre o horário em que essa prisão se efetivou, entendemos que não foi em horário adequado”, adiantou Carlos Márcio Macedo. Isso porque mandados de prisão, conforme a Constituição, só podem ser cumpridos durante o dia. “Todos esses questionamentos serão feitos amanhã na audiência de custódia. A partir da decisão que for proferida nessa audiência, vamos analisar as medidas cabíveis”, afirmou à TBC.
Segundo o defensor, no primeiro contato que teve com a acusada, ela nega participação nos fatos. “Ela tinha um excelente relacionamento com o avô e a bisavó da filha que ela estava esperando”, garantiu o advogado. Sobre a gravidez de Amanda, ele afirmou que, em decorrência de fatos recentes, é preciso um aprofundamento “para saber se essa gravidez persiste”.
O delegado Carlos Alfama, responsável pelas investigações, anunciou ontem que daria uma entrevista coletiva hoje de manhã para dar detalhes sobre o caso.