A partir de agora, treze escolas voltadas ao atendimento de comunidades quilombolas na rede pública estadual de Goiás terão novas denominações que refletem a riqueza da cultura quilombola. As instituições localizadas em Aparecida de Goiânia, Abadia de Goiás, Cavalcante, Cromínia, Divinópolis de Goiás, Flores de Goiás, Monte Alegre de Goiás, Palmeiras de Goiás, Pilar de Goiás, Piracanjuba, Professor Jamil, Teresina de Goiás e Uruaçu passaram por um processo de renomeação definido pela Secretaria da Educação (Seduc/GO), conforme a Lei N° 22.939.
A mudança visa fortalecer a valorização e o reconhecimento da herança cultural quilombola no sistema público de ensino do estado. A iniciativa, liderada pela secretária de Estado da Educação, Fátima Gavioli, foi resultado de um levantamento que identificou a necessidade de uma identidade própria para as escolas quilombolas. O processo de alteração de nome envolveu discussão com gestores e comunidades escolares e durou cerca de dois anos.
A Seduc/GO, com o apoio das gerências de Educação do Campo, Indígena e Quilombola, e as coordenações regionais de Educação, trabalhou para implementar a mudança. Valéria Cavalcante, gerente de Educação do Campo, Indígena e Quilombola, destacou que a nova denominação das escolas representa um importante passo para o reconhecimento e valorização das especificidades culturais quilombolas.
O reconhecimento das escolas como quilombolas também é visto como uma conquista histórica para as comunidades, proporcionando um maior sentido de pertencimento e empoderamento aos estudantes. A mudança é uma afirmação da identidade e da história dos povos quilombolas, conforme enfatizou Osvaldo Jefferson, gerente de Regulação da Rede da Seduc/GO.
De acordo com a Resolução CNE/CEB N° 8/2012, escolas quilombolas devem seguir a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) adaptada aos princípios culturais quilombolas, proporcionando um ambiente educacional que respeite e valorize a herança cultural negra.