Goiás enfrenta uma situação alarmante com a vacinação contra dengue. Atualmente, mais de 124 mil pessoas, entre 4 e 59 anos, ainda não completaram o esquema vacinal. O imunizante contra dengue exige duas doses, e a baixa procura pela segunda dose preocupa as autoridades, especialmente com a aproximação do período chuvoso e a alta disseminação do Aedes aegypti, transmissor da doença. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), foram aplicadas 281.159 doses, sendo 222.930 correspondentes à primeira dose e 58.229 à segunda.
Dados específicos da faixa etária de 10 a 14 anos
No grupo de 10 a 14 anos, 169.790 doses foram aplicadas: 131.739 como primeira dose e 37.827 como segunda. No entanto, 68% desse público, cerca de 80 mil crianças e adolescentes, ainda não retornaram para receber a segunda dose. A vacina está disponível para aqueles entre 6 e 16 anos, e o Ministério da Saúde recomenda especialmente a imunização do público de 10 a 14 anos.
Importância da segunda dose
Flúvia Amorim, superintendente de Vigilância em Saúde, destaca a importância da vacinação completa. “A proteção efetiva contra a dengue só ocorre após o esquema vacinal ser concluído”, afirma. Ela ressalta que o período chuvoso está se aproximando, aumentando o risco de transmissão do Aedes aegypti. Assim, é crucial que as pessoas aptas voltem a um dos mais de 900 postos de vacinação em Goiás para garantir a proteção.
Preparação para o próximo período chuvoso
Desde o início da vacinação, a SES-GO distribuiu 401.058 doses do imunizante a 246 municípios. Além disso, os adultos até 59 anos que se vacinaram em abril também devem buscar um posto para completar o esquema vacinal.
A SES-GO já iniciou uma série de ações para se preparar para o próximo período chuvoso. Essas ações incluem visitas técnicas em todos os municípios para monitorar e supervisionar ações de combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, Zika e Chikungunya.
Cenário alarmante da dengue em 2024
Em 2024, Goiás registrou a pior epidemia de dengue da história, com 414.967 notificações e 298.969 casos confirmados. Além disso, 386 pessoas morreram, um aumento de 110% em relação a 2022. A redução de casos futuros depende da vacinação em massa e do combate ao mosquito.