Diz o ditado popular que “dinheiro não traz felicidade”. O Goiás Esporte Clube é a constatação maior da sabedoria da voz das massas. O clube esmeraldino entrou na série B com o caixa abarrotado, esbanjou dinheiro, contratou jogadores e técnicos caros e está fora das disputas por uma das vagas de acesso à série A. E não adianta dizer que ainda existem chances matemáticas, pois elas são mínimas e não serão alcançadas. O Goiás é um time sem alma e um corpo sem alma não tem vida.
Seu maior rival, o Vila Nova, com um orçamento infinitamente inferior ao do Goiás, venceu nos dois turnos e ainda se mantém vivo em busca da sonhada vaga para a divisão nacional do campeonato brasileiro. Senão vejamos: enquanto o Goiás tem uma folha mensal de aproximadamente R$ 8 milhões, o Vila paga seu elenco com R$ 1 milhão. O desconhecido e pouco badalado técnico Luisinho Lopes, “engoliu taticamente” o já consolidado Wagner Mancini e o superou na vitória do último domingo na Serrinha. O Vila segue vivíssimo na disputa por uma vaga na série A, enquanto o Goiás vai cumprir tabela nas últimas oito rodadas. É verdade, dinheiro não trouxe felicidade para o Goiás.
Declarações – Antes do jogo, o presidente do Conselho Deliberativo do Goiás, Vanderlan Alcântara, afirmou em entrevista a uma emissora de rádio que “era inadmissível perder em casa para o Vila Nova”. Depois do jogo, foi a vez do técnico Wagner Mancini detonar seu próprio clube dizendo que em pleno mês de outubro o Goiás não tem nenhum planejamento para 2025. Disse mais, se tivesse no Goiás desde o início da temporada, faria tudo diferente do que foi feito. “Sem planejamento, o Goiás acaba contratando jogadores da terceira prateleira”, ou seja, atletas de terceira categoria no cenário do futebol nacional”.
Depois dessas declarações, como fica o ambiente pelos lados do Goiás? Para o dirigente maior do Conselho Deliberativo, Vanderlan Alcântara, perder para o Vila era inadmissível. Perdeu. Para Wagner Mancini, o Goiás fez tudo errado na temporada. Que ambiente esse treinador tem para comandar sua equipe? E a diretoria, como está reagindo diante desse contexto? Restam ainda oito rodadas para o fim da série B. O Goiás vai continuar pagando exorbitantes salários para seu técnico e muitos jogadores que até hoje não justificaram suas contratações? Ou começa desde já reformulação do elenco visando as competições de 2025? E a nova formatação estatutária que não deu certo, será mantida ou vai ser reformulada? Com a palavra a diretoria esmeraldina.