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Justiça Eleitoral determina cassação do prefeito de Alto Paraíso de Goiás por abuso de poder

Marcus Adilson Rinco, reeleito em Alto Paraíso de Goiás, perde mandato após ser condenado por abuso de poder político e econômico.


Laiz Queiroz Por Laiz Queiroz em 21/10/2024 - 19:27

Site: Prefeitura de Alto Paraíso de Goiás

A Justiça Eleitoral cassou o mandato do prefeito reeleito de Alto Paraíso de Goiás, Marcus Adilson Rinco (União), devido a abuso de poder político e econômico durante a campanha eleitoral. A decisão, proferida pela juíza Simone Pedra Reis, da 143ª Zona Eleitoral, também impôs a inelegibilidade de oito anos ao prefeito e sua vice, Helena Gomes (PRD).

A sentença foi motivada pela participação dos candidatos em uma carreata realizada em 5 de julho de 2024, antes do período permitido para propaganda eleitoral, que inicia em 16 de agosto. No evento, ambulâncias e retroescavadeiras pertencentes à frota municipal foram usadas, configurando o uso de bens públicos para fins eleitorais, segundo a decisão.

Além da cassação do mandato, Rinco e Gomes foram multados em R$ 25 mil cada um pela propaganda antecipada. O uso de veículos e motoristas da prefeitura foi considerado um ato de abuso de poder político, proporcionando vantagem indevida em relação aos demais candidatos. A decisão também determina que ambos estão inelegíveis por oito anos.

Defesa e recursos

Em nota, Marcus Adilson Rinco afirmou que sua defesa irá recorrer da sentença e que continuará exercendo suas funções como prefeito até que todos os recursos sejam julgados. A decisão ainda cabe recurso, e Rinco se mantém no cargo até a conclusão do processo judicial.

A ação foi movida pelo Partido Liberal (PL) de Alto Paraíso, que alegou uso indevido da máquina pública na campanha. A juíza entendeu que a carreata configurou uma ação de campanha antecipada, beneficiando os candidatos indevidamente.

Uso de veículos oficiais

A Justiça Eleitoral destacou que a utilização de veículos oficiais e motoristas da prefeitura durante o horário de expediente foi uma das principais irregularidades do evento. A magnitude da carreata, que também contou com discursos políticos dos réus, reforçou a decisão da magistrada em considerar o abuso de poder.

A defesa argumentou que a carreata tinha como objetivo a apresentação de novos veículos adquiridos para o município, sem qualquer cunho eleitoral. No entanto, a Justiça considerou as evidências de campanha antecipada.

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