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Filha de Marielle Franco vê julgamento dos assassinos como “primeiro passo” em busca de justiça

Luyara Franco, diretora do Instituto Marielle Franco, destaca importância do julgamento para a família e sociedade, afirmando que "Justiça seria minha mãe estar aqui".


Laiz Queiroz Por Laiz Queiroz em 29/10/2024 - 17:31

Reprodução Instagram

Após seis anos e sete meses do assassinato brutal da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, os acusados de serem executores do crime, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, serão julgados. O início do julgamento está marcado para quarta-feira, 30 de outubro, no Fórum Central do Rio de Janeiro. Para a filha de Marielle, Luyara Franco, de 25 anos, este momento é crucial, trazendo um primeiro passo para a responsabilização e reparação, tanto para a família quanto para a sociedade brasileira.

Luyara, que é graduada em Educação Física pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro e atua como diretora no Instituto Marielle Franco, ajudou a fundar a instituição para manter viva a memória e o legado de sua mãe. Segundo ela, a demora no julgamento representou uma espécie de “aval do Estado” para que ataques a mulheres negras e parlamentares continuem ocorrendo. “O julgamento é uma resposta essencial, mas Justiça seria minha mãe estar aqui”, afirma.

Além de Luyara, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e os pais de Marielle, Antônio e Marinete Franco, também estarão presentes no tribunal. O Instituto Marielle Franco organizou o ato “Amanhecer por Marielle e Anderson”, previsto para ocorrer às 7h, em frente ao Tribunal de Justiça do Rio, como uma demonstração de apoio à justiça por Marielle e Anderson.

Para Luyara, o julgamento dos mandantes, Chiquinho e Domingos Brazão, presos desde março, também é fundamental, e ela espera uma resposta definitiva para todos os envolvidos no crime. “Enquanto houver uma mulher sofrendo ameaças, enquanto uma parlamentar negra tiver medo de exercer seu mandato, essa luta não vai acabar”, reforça.

O Instituto Marielle Franco considera esse julgamento como “um dos momentos mais importantes da nossa democracia nas últimas décadas”.

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