No futebol goiano prevalece ainda o pensamento pequeno de dirigentes, torcedores e até de parte da imprensa, de que “seu time não precisa ser campeão, mas não pode perder para seu principal rival”. Se o Vila Nova não for campeão goiano ou não subir para a série A, está tudo bem, desde que não perca para o Goiás. O Goiás pensa assim e o Atlético também quando se enfrentam. Alguém pode dizer que isso é rivalidade, coisa natural no futebol. Mas tudo tem limites, até rivalidade!
Dia desses o técnico do Goiás, Vagner Mancini, talvez querendo fugir de sua responsabilidade, afirmou que estabeleceu como meta terminar a série B à frente do Vila na tabela de classificação. Não é um atestado de mediocridade desse treinador renomado e caro contratado pelo Goiás? Acaso o alvi-verde fez alto investimento no futebol simplesmente para chegar à frente do Vila no final da competição? E daí se chegar à frente do Vila Nova? Essa rivalidade é interessante desde que fique nas arquibancadas, dirigentes e imprensa precisam lutar juntos para que nosso futebol volte a figurar com destaque na série A e nas competições sul-americanas, de preferência com Goiás, Vila Nova e Atlético.
Tarde demais – O Goiás acordou na série B. Pena que tarde demais. Vagner Mancini encontrou a melhor formação e seu time está jogando um bom futebol, mas até chegar a esse nível, errou demais. Contratações caras e que não deram certo, troca de treinadores, brigas intermináveis na política interna do clube, tudo isso colaborou para que o Goiás perdesse muitos pontos que hoje poderiam representar o acesso do Goiás para a série A. Senão vejamos: perdeu na Serrinha para a Chapecoense, empatou com o CRB e perdeu nos dois turnos para o Vila Nova. Só esses pontos seriam suficientes para deixar o esmeraldino em posição muito mais confortável na série B.
Desânimo – No Vila Nova, um inexplicável desânimo está tomando conta, principalmente da torcida. E esse desânimo pode refletir no elenco em campo, dificultando o trabalho do técnico Thiago Carvalho. Parte da imprensa está contribuindo com esse estado de melancolia fora de hora. O Vila está vivo na competição, com poucas chances é claro, mas vivo. Esta mesma imprensa (parte dela) apaixonada e sem isenção, já culpa o técnico por todos os erros do clube. Thiago Carvalho é promissor e merece essa oportunidade, mas precisa de tempo para desenvolver seu trabalho. Infelizmente no futebol esse tempo não existe. A paixão exige resultados imediatos!