Atlético, Vila Nova e Goiás na série B não representa novidade para ninguém. Pelas campanhas realizadas, o resultado não poderia ser outro. O Atlético, uma participação ridícula na série A, praticamente rebaixado ainda no primeiro turno. O Vila, o “cavalo paraguaio” de sempre. Começa bem e perde força na reta final do campeonato. Já o Goiás, realizou a melhor campanha entre os goianos, mas não subiu em função dos erros do primeiro semestre.
Numa análise simples, o Goiás não subiu por uma diferença de apenas dois pontos. Mas a campanha merece uma análise mais aprofundada. Foi uma sucessão de erros, que começou com a mudança atabalhoada no Estatuto, por decisão do então presidente do Conselho Deliberativo, Edminho Pinheiro. De imediato, contrataram o CEO Luciano Paciello, o Executivo de Futebol Agnelo Gonçalves e o técnico Zé Ricardo.
Com pouca experiência no futebol, Agnello Gonçalves não deu conta e logo foi substituído por Lucas Andrino. Zé Ricardo também não deu certo e perdeu o cargo de técnico para Márcio Zanardi, outro erro. O CEO Luciano Paciello não apresentou nada e novo na gestão do Goiás e também acabou sendo demitido. No futebol, contratações equivocadas prejudicaram todo o elenco. O centroavante Galhardo, o mais caro deles, não justificou sua contratação e acabou afastado do elenco. Com tantos erros, o time perdeu muitos pontos, principalmente jogando no estádio da Serrinha, pontos que fizeram falta na reta final do campeonato.
O Goiás não deixou de subir porque faltaram dois pontos no final. Não subiu porque as confusões na política do clube prejudicaram o elenco em campo. Não subiu porque demorou demais a perceber que o técnico Marcio Zanardi não dava conta. O Goiás só se encontrou com a chegada do técnico Wagner Mancini, mesmo assim depois de várias rodadas sob seu comando, quando detectou os problemas no elenco e afastou as chamadas “laranjas podres” do grupo. Depois disso, o time se encontrou na competição, ganhou sete partidas seguidas sem tomar nenhum gol. A melhor campanha do segundo turno, mas já era tarde para alcançar a pontuação necessária ao acesso. Agora estão todos na série B. Nesse momento, a série B é o nível do futebol goiano, que vem se apequenando desde quando os clubes de Goiânia, abandonaram o Estádio Serra Dourada para jogar em seus pequenos Estádios. Antes de pensar em voltar para a série A, os dirigentes dos nossos clubes precisam deixar de lado a mentalidade provinciana, alargar os horizontes, voltar a jogar no Serra Dourada, lotar nosso principal estádio, como antigamente. Caso contrário, é série B e talvez, série C no futuro próximo.