Não precisa desenhar para entender, o Botafogo tem tudo para ganhar o título de campeão brasileiro de 2024. Precisa de um simples empate jogando em casa contra o São Paulo, que não tem interesse nenhum na partida, menos ainda sabendo que uma vitória sua ajudaria o Palmeiras, arquirrival paulista, a ser campeão. Nem pensar. O ano que termina, será sem dúvida, inesquecível para a sofrida torcida do Glorioso, com dois dos principais títulos do continente sul-americano. Campeão Brasileiro e Campeão da Copa Libertadores da América. É a glória ou não é?
Na outra ponta da tabela a luta é outra. Atlético Goianiense, Cuiabá e Criciuma já garantiram presença na série B de 2025, resta então uma vaga e ela pertencerá a um dos chamados grandes do futebol brasileiro. Lutam desesperadamente para não cair o Atlético Mineiro, o Fluminense, o Athletico Paranaense e o Bragantino, todos com grande orçamento. E para fazer sofrer ainda mais seus torcedores, a decisão ficou para a última rodada do brasileiro, a ser realizada neste domingo, em jogos marcados para o mesmo horário.
O Brasil inteiro, a excessão da torcida pó de arroz, torce pela queda do Fluminense. Os mais antigos certamente não se esqueceram do ano 2000, ano que o Fluminense deveria disputar a série B. Mas não disputou. Em 1999, jogando a série C, mesmo com muita dificuldade, foi campeão e garantiu o acesso para a série B, mas numa manobra dos cartolas e brigas na justiça, os regulamentos foram mudados, o campeonato passou a se chamar Copa João Havelange e com isso, o Fluminense foi incluído em um dos módulos da competição, equivalente a série A do modelo atual. Ou seja, o Fluminense pulou da série C para a série A. Deve uma participação na série B.
Para desespero da torcida tricolor, a decisão para o Fluminense acontece em São Paulo, contra o Palmeiras. Pior, o Palmeiras precisa vencer, pois ainda está na disputa pelo título do brasileiro. A última vaga entre os rebaixados da para a série B tem forte cheiro de pó de arroz. Como prega o ditado popular, “a justiça tarda, mas não falha”. De qualquer forma, esse contexto prova também que dinheiro não é garantia total de êxito no futebol. Esse nunca foi o problema desses times que estão lutando para não cair. Dinheiro é um aliado importantíssimo, mas gestão é também imprescindível. Clube de futebol ser rebaixado com o caixa cheio é má gestão, incompetência, ou tudo isso.
Por aqui, o Goiás não caiu, mas com muito dinheiro em caixa não conseguiu o acesso à primeira divisão. Pelos lados da Serrinha aconteceu de tudo, má gestão, brigas entre os dirigentes nos bastidores, incompetência, trocas de técnicos, más contratações, ou seja, uma salada de erros.