Paulo Rogério é o melhor candidato para o Conselho Deliberativo do Goiás?

Claro que não. É um dos candidatos, mas longe de ser o melhor. Existem bons nomes no Conselho esmeraldino que se encaixam perfeitamente no perfil do que o clube precisa para trazer o Goiás de volta aos trilhos do crescimento, da conquista de títulos e do resgate da credibilidade do alvi-verde nos cenários local e nacional. Sem aprofundar, lembramos de Sérgio Rassi do próprio Vanderlan Alcântara, que faz um bom trabalho na presidência do Conselho Deliberativo e outros que ajudaram a construir a história vitoriosa do Goiás Esporte Clube.

Paulo Rogério foi presidente executivo do Goiás, não foi bem. Demonstrou instabilidade emocional em várias oportunidades, quando o clube precisava de alguém para harmonizar o ambiente. Ameaçou jogar no lixo a taça de campeão goiano, caso o Goiás a conquistasse (foi um vexame nacional). Pregou, juntamente com seu primo Edminho Pinheiro, então presidente do Conselho Deliberativo, o desprezo pelo título do campeonato goiano, um erro histórico, que permitiu ao Atlético ser campeão por três vezes consecutivas e assumir o protagonismo no futebol goiano.

Em seus arroubos impensados, prometeu levar o Goiás a disputar novamente a Taça Libertadores da América, mas entregou o time na série B do campeonato brasileiro. Alega que recebeu do Goiás com uma grande dívida e entregou com um superávit significativo. Mas esse superavit só foi possível graças ao adiantamento de verba da LFF – Liga Forte de Futebol. Em sua despedida, disse que jamais voltaria a um cargo executivo no Goiás, mas sonha com a Presidência do Conselho Deliberativo. É um direito seu como Conselheiro, mas o Goiás precisa ser revitalizado, renovado em seus conceitos de gestão e visão para a reconstrução de um time de futebol vencedor.

CEO – O Goiás já tem seu novo Diretor Executivo. Trata-se de Leonardo Pacheco, que já foi executivo das Organizações Globo (Sport TV, Rede Globo e Première). Tem um extenso currículo, incluindo gestão do futebol e gestão financeira pela Fundação Getúlio Vargas. Mas será sua primeira experiência em gestão de um clube de futebol. O ponto negativo é que Leonardo Pacheco não pretende ter contato com a imprensa. Delegou esse encargo ao Diretor de Futebol Lucas Andrino. Digo ponto negativo porque dirigente de clube tem sim a obrigação de dar satisfação de seus atos para o torcedor, que é o seu patrão. Isso pode ser corrigido, se tiver sabedoria.