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MP investiga ‘máfia dos atestados’ em Goiânia


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 17/01/2025 - 09:25

Fachada do MPGO (Foto: Divulgação)

Cerca de 21 mil servidores da Prefeitura de Goiânia estão afastados por atestados médicos, sendo 4 mil deles da Educação, de acordo com a TV Anhanguera. O prefeito Sandro Mabel (União Brasil) afirma que o número pode ser ainda maior e destaca suspeitas de fraudes. A situação é alvo de investigação do Ministério Público de Goiás (MP-GO), que apura uma possível “máfia dos atestados”.

O MP-GO confirmou que a 50ª Promotoria de Justiça de Goiânia conduz uma investigação sobre a gestão de afastamentos temporários no âmbito da Junta Médica do Município. A denúncia, feita por um servidor, aponta irregularidades como médicos vendendo atestados por R$ 100 e casos de servidores afastados da prefeitura que continuam trabalhando para o Estado. A apuração está em fase inicial e busca esclarecer o quantitativo exato e os detalhes dos afastamentos.

Sandro Mabel, que assumiu a gestão há 15 dias, já anunciou a contratação de uma junta médica terceirizada para agilizar perícias, que atualmente podem levar até dois anos. Segundo ele, dos 20 mil servidores da Educação, cerca de 6 mil estão afastados por licença médica. “Tem alguma coisa errada nisso. Tem gente há seis anos em licença médica, recebendo salário, trabalhando em outro lugar e prejudicando quem paga imposto”, afirmou o prefeito.

A Prefeitura informou que está implementando um plano emergencial para resolver a fila de espera para perícias, que conta com 26 mil processos pendentes. As ações incluem auditorias conduzidas pela Controladoria Geral do Município, mapeamento dos afastamentos e a realização de perícias no mesmo mês em que o afastamento for solicitado. O objetivo, segundo a gestão, é identificar e tratar os servidores que realmente necessitam, enquanto aqueles em situação irregular enfrentarão demissão e processos administrativos.

 

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